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Ex-Presidente peruano Alan García suicida-se antes de ser detido

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O ex-Presidente peruano Alan García suicidou-se esta quarta-feira em sua casa, em Lima, pouco antes de ser preso por alegados crimes de corrupção relacionados com o caso da construtora brasileira Odebrecht.

Fontes médicas citadas pela agência de notícias EFE disseram que o antigo Presidente deu entrada num hospital com uma ferida de arma de fogo no lado direito da cabeça.

Segundo a agência EFE, o ex-Presidente foi internado no hospital Casimiro Ulloa, em Lima, para onde foi levado pelos polícias que foram a sua casa para o prender. Testemunhas ouvidas pela televisão peruana indicaram que Garcia entrou naquela unidade de saúde coberto por uma manta vermelha. Pouco tempo mais tarde depois, o filho do ex-presidente entrou apressadamente no hospital.

O advogado de Alan García confirmou também que o ex-Presidente tentou suicidar-se quando ia ser detido, de acordo com a agência de notícias AP.

De acordo com o El Mundo, Alan García acabou por morrer. O ex-presidente ainda foi operado e reanimado depois de sofrer três paragens cardíacas. Contudo, García não resistiu aos ferimentos.

O suicídio ocorreu quando agentes da Divisão de Investigação Criminal de Alta Complexidade foram a casa de Alan García – sobre o qual pesa desde 2018 uma ordem judicial que o interdita de sair do país -, para o deterem a garantir o cumprimento de 10 dias de prisão preventiva, ordenada pelo poder judiciário.

Além de García, foi ordenada a prisão de Luis Nava e Miguel Atala, ambos colaboradores próximos do ex-Presidente e conhecidos como seus testas-de-ferro.

A situação jurídica García complicou-se depois de, no domingo, ter sido noticiado que a Odebrecht, no âmbito do acordo de cooperação que tem com o sistema judicial peruano, revelou que Luis Nava e o filho, José Antonio, receberam quatro milhões de dólares para ganhar o concurso de construção de uma linha do metro de Lima.

A Odebrecht está a ser investigada no Peru por ter pago subornos para ganhar contratos de obras de infraestrutura. Os casos de suborno da Odebrecht no Peru já levaram à prisão do ex-Presidente Pedro Pablo Kuczynski e da líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, filha do ex-Presidente Alberto Fujimori.

ZAP // Lusa

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