Caso das casas de Pedro Nuno Santos foi arquivado

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Rodrigo Antunes / LUSA

O secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos

Não foram encontrados indícios de crime e, por isso, nem há inquérito. “Não se vê como concluir pela existência de uma atuação intencional e muito menos com contornos criminais”

O Ministério Público arquivou esta quarta-feira a averiguação preventiva ao ex-secretário-geral socialista Pedro Nuno Santos, relacionada com a compra de duas casas em Lisboa e em Montemor-o-Novo.

A informação foi avançada inicialmente pela CNN e, de acordo com o despacho de arquivamento a que a Lusa teve acesso, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) entendeu não ter encontrado indícios de crime e, por isso, determinou que a averiguação preventiva não seguisse para abertura de inquérito.

“Não se vê como concluir pela existência de uma atuação intencional e muito menos com contornos criminais”, lê-se no documento que acrescenta que “inexistem fundamentos para imputar responsabilidades pelo sucedido (…), muito menos para considerar que atuaram [Pedro Nuno Santos e a sua mulher] intencionalmente no sentido de pagar um valor inferior ao devido de IMI”.

A averiguação preventiva foi aberta em abril deste ano e estava relacionada com a compra de duas casas, uma em Lisboa e outra em Montemor-o-Novo, tendo o Ministério Público pedido mais informações a Pedro Nuno Santos há cerca de um mês.

Em reação, poucas horas depois, à notícia de que a PGR abriu uma investigação preventiva em que era visado, o líder do PS publicou toda a documentação relativa à compra das duas casas no portal do PS e disponibilizou-se para ser ouvido sobre o tema pelo Ministério Público — mas disse estranhar a coincidência e o momento da divulgação da notícia, pouco antes das eleições legislativas.

As notícias do caso têm mais de ano e meio — já tinha sido avançada pela revista Sábado em novembro de 2023 — mas as denúncias eram recentes.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Só o “man” do champô e polvo que era um sem abrigo é que não foi arquivado… deviam retirar aquela estátua que tem os olhos vendados dos tribunais… e colocar outra com uma balança desiquilibrada com um dos pratos cheio de dinheiro e o outro vazio…

  2. Abre-se e torna-se pública a investigação pouco antes das eleições, arquiva-se pouco depois das eleições. Mas a missão ficou cumprida.
    Num país a sério isto teria consequências, mas aqui no rectângulo é ” business as usual”.

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