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Carta de 32 páginas da CGD está a preocupar clientes de contas low cost

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) enviou uma carta com 32 páginas aos clientes das contas low cost, habitualmente pessoas com baixos rendimentos e, nalguns casos, com baixa literacia, incluindo muitos idosos, que está a gerar preocupação. Em causa está o facto de não perceberem o objectivo da carta.

A carta resulta de “uma obrigação regulatória imposta à Caixa“, como explica fonte da CGD em nota enviada ao Correio da Manhã (CM), assegurando que não estão em causa quaisquer alterações às contas bancárias, nem aos serviços que são prestados.

O documento foi enviado a clientes com Serviços Mínimos Bancários, as chamadas contas low cost, e explica, entre outros dados, as “condições gerais de abertura de conta”, os meios de movimentação, formas de reclamação e o valor das comissões. Destaca, nomeadamente, que as comissões destas contas não podem atingir, anualmente, “um valor superior a 1% do indexante dos apoios sociais”, mas não refere que, a partir de Janeiro passado, a CGD passou a cobrar por estas contas, exceptuando os casos de pessoas com rendimentos inferiores a 635 euros mensais.

A carta está a lançar preocupação entre alguns dos clientes visados, sobretudo entre “os clientes mais idosos que não percebem o porquê” do seu envio, como apurou o CM.

No final de 2019, havia 103.628 contas com Serviços Mínimos Bancários, das quais 4493 eram de pessoas com mais de 65 anos ou com invalidez, segundo dados do Banco de Portugal (BdP) divulgados pelo CM.

Relativamente a 2018, houve um crescimento de 75,1% na abertura deste tipo de contas low cost, também de acordo com o BdP.

ZAP //

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