Os carros preferidos dos portugueses — e os que vão levar “chicotada” de 25% de Trump

Peugeot

Peugeot, Dacia e Renault em destaque, num top 50 com oito elétricos. Carros de luxo de quatro grandes marcas devem ser os mais afetados pelas tarifas impostas pelos EUA.

No primeiro trimestre de 2025, 8 modelos totalmente elétricos conseguiram entrar na lista dos 50 automóveis de passageiros mais vendidos em Portugal.

O Peugeot 2008 liderou o mercado nos primeiros três meses do ano, com 2.378 unidades vendidas, embora tenha registado uma ligeira quebra em relação ao mesmo período do ano anterior. Logo atrás surge o Renault Clio, com 2.364 veículos matriculados, depois de liderar durante oito anos. O Dacia Sandero completa o pódio, com forte presença, com 1.950 unidades.

O Top 5 fecha com o Peugeot 208 e com o Nissan Juke, que subiu ao quinto lugar.

O Tesla Model 3 destaca-se como o elétrico mais popular, com 1.681 unidades vendidas, em 6.º lugar, e o Citroën C3 em 7.º, com 1509 unidades vendidas.

O Renault Captur, o Dacia Duster e o Peugeot 308 fecham o top 10, com 1432, 1350 e 1262 unidades vendidas, respetivamente.

No universo dos 100% elétricos, a Tesla destaca-se com dois modelos no Top 50: o Model 3 e o Model Y, apesar de uma quebra nas vendas.

A presença elétrica é reforçada pelo Volvo EX30 (383 unidades), Renault 5 (382), Dacia Spring (371), e dois modelos da BYD — o Atto 3 (350) e o Seal (327). A BMW também marca presença com o iX1, que se encontra na 47.ª posição.

O Jornal de Negócios divulga a lista completa aqui.

Os carros mais afetados

“Os preços vão aumentar para os consumidores americanos e caso a Europa aumente as tarifas também vão aumentar para os condutores europeus. Ninguém ganha”, diz o especialista Alfredo Lavrador na rádio Observador.

E são “os que mais vendem” importados da Europa — Audi, BMW, Mercedes e Porsche — os mais afetados.

Todas estas “têm fábricas nos EUA”, mas “os que lhes interessam são os mais luxuosos, exportados diretamente da Europa para os EUA, e esses vão ver os preços aumentarem em 25%”, diz o especialista.

“É possível que alguns destes modelos passem a ser produzidos nos EUA, não muitos, porque isso implica aumentar as fábricas e produzir novas linhas de montagem. Isto vai obrigar os clientes locais com uma carteira mais recheada a abrir os cordões à bolsa e a comprar mais caro o carro que até agora compravam mais barato”, explica.

ZAP //

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