O Ministério da Administração Interna esclareceu que não existia sinalização para alertar os condutores dos “trabalhos de limpeza em curso” na autoestrada A6, no Alentejo, na sexta-feira, quando a viatura do ministro atropelou mortalmente um trabalhador.
“Não havia qualquer sinalização que alertasse os condutores para a existência de trabalhos de limpeza em curso” na autoestrada, pode ler-se no esclarecimento enviado hoje à agência Lusa pelo Ministério da Administração Interna (MAI), tutelado por Eduardo Cabrita.
Visando prestar esclarecimentos sobre o acidente de viação que envolveu a viatura que transportava o ministro Eduardo Cabrita, na sexta-feira, na A6, o MAI disse que o veículo “não sofreu qualquer despiste” e “circulava na faixa de rodagem, de onde nunca saiu, quando o trabalhador a atravessa”.
“O trabalhador atravessou a faixa de rodagem, próxima do separador central, apesar de os trabalhos de limpeza em curso estarem a decorrer na berma da autoestrada”, adiantou ainda o ministério.
Sobre outros pormenores, o MAI lembrou que está em curso uma investigação ao acidente, por parte do Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação (NICAV) de Évora da GNR, escusando-se a prestar mais informações.
Em comunicado divulgado na sexta-feira, o MAI anunciou que uma pessoa tinha morrido atropelada na A6, num acidente envolvendo o carro que transportava o ministro Eduardo Cabrita.
“No regresso de uma deslocação oficial a Portalegre, a viatura que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, sofreu um acidente de viação, do qual resultou a morte, por atropelamento, de um cidadão, na autoestrada A6”, referia o mesmo comunicado.
Fonte do Comando Territorial de Évora da GNR revelou à agência Lusa, igualmente na sexta-feira, que a pessoa atropelada era um trabalhador, de 43 anos, que fazia a manutenção da via.
O acidente nesta autoestrada, que liga Marateca à fronteira do Caia, em Elvas (distrito de Portalegre), ocorreu “por volta das 13:00”, ao quilómetro 77, na zona do concelho de Évora, no sentido Évora – Lisboa, disse a mesma fonte.
Já o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Évora disse à Lusa, na sexta-feira, que o alerta para o acidente rodoviário foi dado aos bombeiros às 13:14 de sexta-feira.
O homem, trabalhador de uma empresa que realizava trabalhos de manutenção da via, ainda “foi assistido”, mas “acabou por falecer no local”, assinalou a mesma fonte do CDOS.
As operações de socorro mobilizaram 27 operacionais, apoiados por 12 veículos, incluindo meios dos bombeiros, GNR, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e da Brisa, concessionária da autoestrada.
ZAP // Lusa
Numa autoestrada é muito fácil cometer erros de percepção e avaliação da velocidade dos veículos, por estes circulam a velocidades muito superiores ao que as pessoas estão habituadas. Quero dizer que é muito fácil uma pessoa fazer asneira e decicidir atravessar a autoestrada porque não vê nenhum carro a vir, mas em 2 ou 3 segundos um carro pode aparecer no horizonte e chegar ao local, especialmente se vier a duzentos à hora, e apanha a pessoa a meio da travessia.
Se calhar voou-lhe o chapéu para o meio da autoestrada e o homem foi lá buscá-lo.
O inquérito em curso nunca terá como conclusão que o carro do ministro circulava a mais de 120 km/h… mas por alguma razão desconfio que foi esse o caso.
Um trabalhador experiente normalmente não se deixa apanhar assim.
O inquérito também não terá como conclusão que o condutor do ministro estava a mexer no telemóvel nem estava bêbado…. mas se não estava distraído, nem bêbado e não ia em excesso de velocidade… porque não travou a tempo? Afinal os condutores dos ministros não são condutores de fim-de-semana.
O Zé até parece que nunca se cruzou com um carro destes na AE. Eles andam quase sempre a rondar os 200 km/h. Tanta vez que já me cruzei com eles.
Dificilmente se vai saber o que aconteceu porque estamos a falar de um ministro e seu condutor! E digo isto por várias razões, porque dava má imagem, demonstrava o quão irresponsáveis são nas suas deslocações, que a vida do comum português não vale nada… mas também porque quem está a investigar o acidente é subordinado do ministro!
Mas vamos lá ver umas coisas : o homem estava a trabalhar e o acidente ocorreu junto ao separador central!
1 – O homem não devia estar a trabalhar sozinho, logo há testemunhas.
2 – Se o acidente ocorreu junto ao separador central, o homem foi colhido junto do mesmo pois as marcas na lateral do guarda lamas da frente esquerdo são prova disso mesmo.
3 – Se o condutor do ministro seguida junto ao separador central, ou seja, na faixa mais há esquerda, ou ia a efectuar uma ultrapassagem ou ia a cometer uma infração ao código da estrada.
Sobre esta questão do carro do cabrito, da velocidade a que vinha, é só fazer contas: a que horas saiu o cabrito da festa da GNR e a que horas se deu o acidente? Querem um desenho? Ademais há que referir que o cabrito por estar calado é porque quer lulas!. Seja Homem e assuma. Só o dignificava! É que de outra maneira não vamos lá!….
Já não há gente como antigamente, com eles no sítio, para o bem e para o mal!