Carolina desapareceu há um mês em estranhas circunstâncias. PJ continua sem respostas

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Carolina Barbosa

Bióloga de 29 anos foi vista pela última vez na tarde de 10 de setembro, junto ao quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia. “A investigação continua”, confirma o tio.

Carolina Barbosa desapareceu em Vila Nova de Gaia no dia 10 de setembro, a uma terça-feira, em circunstâncias, no mínimo, estranhas.

A bióloga de 29 anos terá sido vista pela última vez na Serra do Pilar, à beira do quartel, junto ao Jardim do Morro, pela tarde. A última pessoa a vê-la foi o seu amigo e colega de casa, Gei, que deu o alerta para o seu desaparecimento.

Gei chegou a casa nesse dia e encontrou a porta aberta, com o telemóvel, computador e carteira de Carolina em cima da cama, intactos.

O carro de Carolina estava no local habitual, “estacionado perto de casa dela, com o vidro traseiro partido e as chaves ainda lá dentro“, caídas no interior, segundo a nota de divulgação da Polícia Municipal de Gaia. Os bancos do veículo também estariam deslocados.

A cadela de Carolina, que seria sempre muito protegida pela jovem, foi encontrada sem coleira.

Uma semana depois do desaparecimento, fonte “muito próxima” da família terá dito à SIC que uma jovem muito parecida com Carolina foi vista a atirar-se da Ponte Infante Dom Henrique, seminua, pelas 20h08 do dia do desaparecimento, mas tudo isso parece ter ficado por confirmar. A mesma fonte garante ter informado a PSP sobre o que viu, mas que a polícia nada fez. Um popular garantiu ainda ter entregue à PSP um lenço da jovem.

Três dias mais tarde, o JN apurou, apesar das circunstâncias, que não há indícios de crime no caso de Carolina Barbosa.

Esta quinta-feira, um mês depois do seu desaparecimento, a PJ continua sem respostas.

A pedido da mesma polícia, a família, contactada pelo ZAP, não comenta o caso, mas o tio de Carolina, Nuno Barbosa, confirma no Facebook que “a investigação continua” e que “foram acionados outros meios” para encontrar a bióloga. E desabafa: “quando a história não é dramática o suficiente, os media não querem saber”.

“Passaram quase 72 horas. É absurdo”

Desde o início houve quem criticasse a atitude da PSP que, segundo um amigo da família, agiu como se nada de especial estivesse a acontecer e só terá começado a investigar 48 horas depois, apesar de a rapidez de atuação ser considerada fulcral neste tipo de casos.

Os pais de Carolina terão tentado apresentar inicialmente uma participação na Polícia Judiciária, mas foram impedidos por já haver queixa na PSP, o que pode ter atrasado o arranque da investigação.

“Neste caso em que tempo é tudo, a PSP não fez nada”, confessa o tio de Carolina ao ZAP, explicando que o pai de Carolina é que teve de se dirigir ao Ministério Público para pedir que o caso passasse para as mãos da Judiciária — e “nisto, passaram quase 72 horas. É absurdo”.

O ZAP tentou contactar o Comando Metropolitano do Porto para mais informações, mas não obteve qualquer resposta.

“Nada indica desaparecimento voluntário”

Gaia mobilizou-se desde cedo nas redes sociais para encontrar a bióloga. Os amigos e familiares organizaram grupos de buscas, mas não obtiveram quaisquer pistas ou resultados.

“Sou o pai, não consigo ficar em casa. A PJ disse-nos para parar, mas não consigo”, disse Miguel Barbosa ao Jornal de Notícias.

Familiares e amigos, que mantinham uma relação próxima com Carolina, afastaram desde cedo a possibilidade de a bióloga ter desaparecido voluntariamente.

O pai de Carolina falou com ela por volta da “hora de almoço” do mesmo dia. “Os amigos dela já viram tudo, os telemóveis, computadores, as mensagens” e “não tinha nada” que explicasse o desaparecimento, revelou Miguel Barbosa.

“Tanto quanto sabemos deixou tudo para trás“, disse um amigo da jovem desaparecida à SIC. “Não tem consigo nenhum documento de identificação ou forma de pagamento para se poder deslocar”, explicou.

“Sabemos que tinha planos para esta semana que não alterou e tinha toda a intenção de manter. Não há nada, dos contactos que os amigos ou a família tiveram com ela, que indiquem algum tipo de desaparecimento voluntário“, acrescentou. Nas últimas horas em que deu sinal, Carolina “fez o seu dia de forma absolutamente normal”.

Milhares de partilhas diárias são publicadas até hoje com a hastag #unidosporcarolina ou na página de Facebook Ajude a Encontrar Carolina Barbosa, destinada a unir esforços para recolher informações que possam ajudar a encontrar Carolina Barbosa.

Se tiver alguma informação sobre o paradeiro de Carolina Barbosa, deve contactar a PSP de Vila Nova de Gaia (223774190) ou o pai, Miguel Barbosa (935916665).

Tomás Guimarães, ZAP //

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