Alberto Souto de Miranda junta-se ao trio de nomes fortes no partido; um deles é Augusto Santos Silva.
José Luís Carneiro é visto como o candidato menos forte à liderança do Partido Socialista (PS) mas, na disputa com Pedro Nuno Santos, já tem apoios de peso dentro do partido.
Augusto Santos Silva é um deles. O presidente da Assembleia da República confirmou na noite passada, na RTP, que apoia o ministro da Administração Interna.
“É quem dá mais garantias de preservar a autonomia estratégica do PS e que melhor representa o espaço político deste partido no centro-esquerda, de moderação, europeísta e de defesa da Aliança Atlântica”, justificou.
O jornal Público acrescenta que Carneiro conta também com o apoio de Fernando Medina, ministro das Finanças, e do ex-ministro Vieira da Silva.
Medina teve uma relação “bastante agradável” com Pedro Nuno, mas os dois socialistas divergem nas suas ideologias.
Vieira da Silva avisou: “O PS não pode embarcar em aventuras frentistas” – um recado para Pedro Nuno Santos, em princípio. E Vieira da Silva pode ser o coordenador da candidatura de José Luís Carneiro, segundo o Jornal de Notícias.
São três nomes fortes no PS e três figuras próximas de António Costa (José Luís Carneiro quer dar continuidade ao legado do primeiro-ministro).
Além deste trio, surgem os nomes Lacerda Sales, Jorge Lacão, Capoulas Santos, Jamila Madeira, Maria Antónia de Almeida Santos e Carlos Zorrinho; todos devem apoiar Carneiro.
O antigo companheiro de Pedro Nuno
Alberto Souto de Miranda foi secretário de Estado de Pedro Nuno Santos mas também apoia José Luís Carneiro nas eleições no PS.
A rádio TSF cita um comunicado do socialista, que está com Carneiro “por duas razões políticas e por uma razão de personalidade”.
“O PS não deve ser um partido “bloquista” e “trabalhista” que divide os portugueses entre o “povo” trabalhador e os empresários, anatomiza a riqueza e alimenta velhas quimeras marxistas que a História há muito enterrou”, justifica, abordando a postura de Pedro Nuno.
Já José Luís Carneiro “dá voz ao PS social-democrata, que defende um Estado social sustentável e eficiente e que sabe que para isso é preciso ter contas públicas sólidas que o financiem e um tecido empresarial pujante”.
Além disso, para Alberto Souto de Miranda, Carneiro protagonizou uma governação “muito competente e responsável”, privilegiando “a ponderação, a razoabilidade, o diálogo, a capacidade de reformismo consistente”.