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A Câmara da Póvoa proibiu, mas há tourada marcada para 2019

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frmorais / Flickr

Depois de nos últimos tempos se ter falado na alegada proibição das touradas na Póvoa de Varzim, o Movimento a Favor das Corridas de Touros vem a público garantir que a corrida deste sábado não será a última.

A corrida de touros deste sábado, de Homenagem aos Emigrantes, não será a última e quem o garante é o Movimento a Favor das Corridas de Touros, que já agendou para julho do próximo ano uma nova corrida na Póvoa de Varzim.

Depois do chumbo da proibição das corridas de touros no Parlamento, esta associação considera que a decisão tomada pela Câmara da Póvoa, de proibir corridas de touros, é ilegal e, como tal, inválida.

“A Tourada é uma atividade cultural tutelada pelo Ministério da Cultura, apoiada por milhares de aficionados poveiros, e é protegida constitucionalmente tal como todas as formas de Cultura”, defende o Movimento em comunicado. “Nenhum órgão, muito menos os municípios, tem poderes legais para proibir expressões culturais. O acesso à Cultura é um direito de todos os cidadãos, garantido pela Constituição da República Portuguesa.”

Desta forma, adianta o Diário de Notícias, a associação considera que as decisões tomadas pela autarquia são “legalmente inúteis e sem qualquer efeito prático“, pelo que as corridas de touros continuam a poder realizar-se no município (como em qualquer outro lugar do país).

“A corrida de Homenagem aos Emigrantes, que este sábado tem lugar na Praça de Touros da Póvoa de Varzim, vai dar continuidade à demonstração de força e de apoio dadas no passado dia 20 de julho quando, no mesmo local, se realizou a XXII Grande Corrida TV Norte, com os poveiros a encherem a praça numa clara demonstração da sua posição. Esta Festa mereceu transmissão televisiva e foi um dos programas mais vistos da RTP nesse dia”, lembra o Movimento.

São vários os autarcas que têm determinado a proibição das corridas de touros, ainda que essa não seja aceite a nível nacional, dado que as corridas são uma atividade cultural consagrada na Constituição, com a Lei a defender que ninguém pode determinar a escolha cultural dos cidadãos.

A associação da atividade tauromáquica PróToiro já questionou o ministro da Cultura sobre esta situação, mas Luís Filipe Castro Mendes tem-se mantido em silêncio.

“Estamos atentos às ações deste executivo e não deixaremos que desvirtue e destrua irremediavelmente um património que não é de um presidente de Câmara, nem de alguns poveiros, mas sim de todos os portugueses”, defende o Movimento.

A Tourada enquanto expressão cultural não pode sofrer ataques de quem, por obrigação constitucional, a devia promover e, acima de tudo, defender.”

ZAP //

2 Comments

  1. Quando “cultura” significa espetar ferros nas costas de animais está tudo dito sobre alguns seres humanos. Felizmente a tourada tem os dias contados, pois apesar de tudo tem-se registado algum progresso civilizacional relativamente a este assunto.

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