Câmara de Ponte de Lima alvo de buscas: “Será o que tiver de ser”

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Polícia Judiciária analisa “situações do passado”, segundo o presidente da autarquia. Há suspeitas de favorecimento pessoal em obras particulares.

A Câmara Municipal de Ponte de Lima foi alvo de buscas nesta quinta-feira. A Polícia Judiciária procura evidências de favorecimento pessoal em obras particulares e em subsídios atribuídos à organização das festas do concelho, as Feiras Novas.

Em causa estarão suspeitas de prevaricação e abuso de poder, com deferimento de obras particulares contra a lei e contra pareceres dos serviços (primeiro processo) e ainda, no segundo processo, suspeitas de peculato – viagens e contratos públicos – à volta de subsídios atribuídos à Associação Feiras Novas, concretamente ao programa Ponte Amiga.

Não há arguidos, para já, e o presidente Vasco Ferraz assegurou à RTP que não foi questionado nestas buscas: “Não fui ouvido nem tenho qualquer tipo de conhecimento de existirem visados no processo”.

O autarca disse à televisão pública que este processo está centrado apenas em elementos do executivo anterior: “Isto é única e exclusivamente um processo de buscas, com base em queixas que, daquilo que me apercebi, são decorrentes de alguns elementos do anterior executivo, que serão analisadas pelo Ministério Público”.

Com suspeitas centradas nas festas concelhias, em obras e urbanismo, e na acção social, Vasco Ferraz contou: “Tivemos por exemplo um pedido da execução de despesa na aquisição de electrodomésticos para habitação social. Por isso, será o que tiver de ser”

O presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima não se mostrou intranquilo por causa destas buscas: “Imagino que sejam suspeitas infundadas de situações políticas do passado”, defendendo ainda o seu antecessor Victor Mendes – ambos do partido CDS-PP.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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