Excesso de mortalidade anunciado pela Direcção-Geral da Saúde, acompanhado por recomendações.
Portugal atravessa nesta semana um panorama complicado, no que diz respeito às temperaturas.
Os termómetros atingiram um pico em muitos locais de Portugal continental, sobretudo a partir de terça-feira, quando se registou uma subida considerável das temperaturas de um dia para o outro.
Temperaturas muito altas costumam ser associadas a aumento do número de incêndios e esta semana não tem sido excepção. Esta quinta-feira terá sido mesmo o “dia mais grave”.
Este contexto originou um excesso de mortalidade em Portugal, anunciou a Direcção-Geral da Saúde (DGS).
Com aviso vermelho em muitos distritos, essas temperaturas altas têm consequências na saúde: desidratação ou descompensação de doenças crónicas, entre outros factores.
Ao longo da última semana, mais concretamente, entre 7 e 13 de Julho, morreram mais 238 pessoas do que o normal em Portugal, informa o comunicado da DGS. Número provisório e que vai sendo actualizado.
Esse excesso de mortalidade é uma comparação com os números da mortalidade nos cinco anos anteriores, entre outros critérios incluídos no algoritmo.
Esta contabilidade surge horas depois de terem sido divulgados outros números: Junho de 2022 foi o mês de Junho com mais óbitos em Portugal, provavelmente em toda a História do país.
“E o indicador-sentinela do efeito previsto das temperaturas elevadas do ar na mortalidade – o Índice Alerta ÍCARO, calculado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge – atingiu o valor de 1,28 no dia 14 de julho de 2022, traduzindo um impacto significativo na mortalidade causado por efeito da onda de calor”, avisa o documento.
Não se prevêem melhorias do estado do tempo nos próximos dias, sobretudo em algumas zonas do Centro e do Sul.
Por isso, a DGS reforça o apelo de serem adoptadas as suas recomendações e fecha o comunicado com uma trilogia importante: “Mantenha-se informado, hidratado e fresco”.