O cadáver da ex-esquiadora espanhola medalhada nos Jogos Olímpicos de Inverno, desaparecida desde 24 de agosto, foi encontrado esta quarta-feira na zona de La Penota, uma montanha a norte de Madrid.
O corpo de Blanca Fernández Ochoa foi encontrado por um membro da Guarda Civil que participava no dispositivo montado há alguns dias para tentar encontrar a ex-esquiadora, que tinha deixado o seu carro num parque de estacionamento a duas horas do local.
Centenas de pessoas, a maior parte delas voluntárias, procuravam o corpo da ex-atleta olímpica desde domingo, dia em que a sua viatura foi encontrada. Ochoa tinha deixado o cão aos cuidados da irmã, Lola, para poder viajar para as Astúrias, onde iria passar uns dias para descansar numa casa rural.
Várias fontes avançaram à imprensa espanhola que a esquiadora estava, por um lado, numa situação económica complicada, e vivia uma estabilidade mental frágil, por outro.
Nascida em 1963, Ochoa foi a melhor esquiadora espanhola de sempre, tendo-se destacado na especialidade de esqui alpino feminino. O momento mais alto da sua carreira foi em 1992 quando ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno de Albertville, em França.
Diversas individualidades do mundo do desporto, mas também políticos de todos os quadrantes, lamentaram a morte da antiga esquiadora.
A ex-desportista, de 56 anos, era irmã de Francisco Fernández Ochoa, o único espanhol que conseguiu uma medalha de ouro nuns Jogos Olímpicos de Inverno – Sapporo (Japão) em 1972.
Durante a sua carreira desportiva, a ex-atleta venceu quatro vezes o Campeonato do Mundo. Foi distinguida pelo Conselho Superior desportivo e recebeu o prémio Rainha Sofia.
Em dezembro de 1994, ganhou a Medalha de Ouro da Real Ordem do Mérito Desportivo. Ochoa casou com o seu treinador em 1991, o italiano Daniele Fioretto, do qual se separou em 1994.
ZAP // Lusa