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Franceses assassinos, suecos geniais: que caças vão substituir os americanos em Portugal?

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Dassault

Já há dois possíveis interessados em comercializar caças europeus para Portugal. As aeronaves francesas prometem mais, mas não batem o preço das suecas.

O ministro da Defesa, Nuno Melo, deixou claro que “o mundo já mudou”, e Portugal deixará de adquirir caças norte-americanos, os até agora importados F-35.

“Não podemos ficar alheados da envolvente geopolítica. A recente posição dos Estados Unidos, no contexto da NATO e no plano geostratégico internacional, tem de nos fazer pensar sobre as melhores opções porque a previsibilidade dos nossos aliados é um bem maior a ter em conta”, referira como motivos.

Mas a pergunta que se impõe é quais serão então os caças que assam a ser importados? Nuno Melo falou em drones europeus, e na verdade já há 2 concorrentes, com diferentes vantagens. Conheçamo-los.

Dassault Rafale: “Omnirole” letais

A primeira empresa a avançar com uma vontade de oferta foi a francesa Dassault Rafale, ainda em março. Segundo a CNN, todas as opções são menos desenvolvidas que os F-35, mas os Rafale têm as suas vantagens.

Para além de atacarem alvos, estes aviões estão equipados de um sistema de ataque anti-navio (e portugal tem uma longa costa a proteger) e até transporte de armas nucleares. Têm ainda uma grande capacidade de carga: 9,5 toneladas.

O site da empresa destaca ainda a interoperabilidade, já que a aeronave pode ir “colaborando e comunicando em tempo real com outros sistemas, e até partilhando sistemas de apoio e equipamento”, para coordenação com aliados.

Destaca-se ainda a sua capacidade “Omnirole”, ou seja, a possibilidade de realizar várias missões diferentes no decurso da mesma missão. Voa 1.850 quilómetros sem reabastecer.

É a aeronave mais vantajosa em termos de qualidade, que melhor responde às necessidades portuguesas, mas é também mais caro que os concorrentes: uma só aeronave custa 120 milhões de euros, e uma hora de voo corresponde a 15 mil.

Gripen: pequenos, esquivos e inteligentes

Outros grandes concorrentes são os drones da sueca SAAB.

Em primeiro lugar, são pequenos, o que os torna mais difíceis de detetar, e contam ainda com a ajuda de um design que reduz a assinatura de radar. Devido à configuração das suas asas, consegue voar 1.500 quilómetros sem reabastecer.

Tem também uma grande vantagem: o custo. A sua hora de voo é de 4 mil euros, o que é significativamente inferior a muitos concorrentes.

“A arquitetura única do Gripen é a definição de inteligente“, lê-se no site da empresa, onde se escreve que outro ponto positivo é a possibilidade de atualizar o interior do dispositivo com nova tecnologia sem interferir com a sua estrutura externa.

A desvantagem é que está mais exposto a restrições dos EUA, porque tem vários componentes (incluindo o motor) que são fabricados nesse país.

ZAP //

7 Comments

  1. Não é a sueca GRIPEN, mas sim a sueca SAAB. GRIPEN é o modelo dos aviões em produção, neste caso na sua variante E/F (com 1 ou 2 tripulantes respectivamente).
    Relativamente à exposição aos EUA, já está pensada a forma de contorno, pelo menos parcial, com a substituição do motor GE F414 (fabricado pela VOLVO sob licença) pelo EUROJET EJ230 (consórcio europeu).

  2. Comprem os Suecos, os franceses já vão vender demasiado armamento, temos que saber distribuir este investimento pela Europa TODA! Isto se queremos que nos comprem algum barco ou drone no futuro.

  3. Seja qual for é comprar em quantidade não meia dúzia de aviões ou se gasta a sério ou se é pra inglês ver mais vale não ter nada melhor é poupar o dinheiro

Responder a ANTÓNIO JORGE DE REZENDE COELHO RAMOS Cancelar resposta

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