O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, fez o balanço de um ano de pandemia em Portugal, admitindo ter sido um “ano terrível” para os portugueses e afastando perspetivas de um alívio de medidas por enquanto.
“Não devemos falar de expectativas de desconfinamento”, disse o governante em entrevista n’As Três da Manhã da Rádio Renascença. Não havendo garantias de que o problema chegou ao fim, Cabrita argumenta que esta é altura de “consolidar resultados” para que possamos ter um verão “com menos preocupações”.
Portugal vai já no seu 12.º estado de emergência. Questionado sobre se a violação das regras de confinamento não será um sinal de exaustão do portugueses, Eduardo Cabrita refuta teoria. “Não tenho essa noção, existe um generalizado cumprimento”, entende o ministro.
Ainda assim, num relatório sobre a aplicação do decreto do estado de emergência na segunda quinzena de janeiro, Eduardo Cabrita justificou o fecho das escolas e o fim das vendas ao postigo, culpando a população pelas decisões que o Governo teve de tomar.
Cabrita disse ainda que tudo isto serviu para percebermos como o Serviço Nacional de Saúde é essencial, depois de “um ano terrível para todos nós”.
Quanto às eleições autárquicas, o governante diz que “é essencial não suspender a democracia”, admitindo alterações no processo eleitoral e remetendo uma eventual alteração da data do ato eleitoral para o Parlamento.