Eduardo Cabrita é candidato a diretor executivo da Frontex. Caso Ihor pode tramá-lo

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Tiago Petinga / Lusa

O ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

O ex-ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

Eduardo Cabrita é candidato ao cargo europeu de diretor executivo da Frontex. Caso chegue longe no processo de recrutamento, será confrontado com o caso Ihor.

O antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita é candidato ao cargo europeu de diretor executivo da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex). A informação foi avançada esta quinta-feira pela Rádio Renascença.

Cabrita é o único candidato português ao cargo, tendo submetido a sua candidatura já em julho. O escolhido pela Comissão Europeia é anunciado no final deste ano.

Segundo fonte próxima do processo, citada pela Renascença, Cabrita terá “fortes hipóteses” de ficar à frente do cargo.

Um entendimento diferente têm as fontes europeias citadas pelo Observador, que salientam ser “cerca 80 candidatos” no total e que “será muito difícil” Eduardo Cabrita conseguir o lugar.

Caso o ex-ministro consiga chegar a uma lista final de três nomes, terá uma audição no Parlamento Europeu.

Aqui, Eduardo Cabrita será confrontado com os polémicos casos em que se viu envolvido enquanto ministro da Administração Interna, como por exemplo a morte do cidadão ucraniano Ihor Homeniuk às mãos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.

O parecer da Comissão Europeia não é vinculativo, mas influencia a decisão final do Conselho de Administração da Frontex.

O antigo ministro informou o Governo português desta candidatura logo em julho, sendo que o terá feito “por cortesia”, já que “podia não ter dito nada”.

A Renascença sabe que Eduardo Cabrita terá sido “incentivado por ministros de outros países” a avançar com esta candidatura.

Embora o caso de Ihor Homeniuk possa tramar a candidatura de Eduardo Cabrita, a realidade é que o ministro acabou por se demitir do Governo devido a outra polémica, relacionada com o acidente de viação que em junho de 2021 vitimou mortalmente um trabalhador de uma obra em curso na A6.

Daniel Costa, ZAP //

15 Comments

    • Mas se for recrutado pela Frontex significa que todos os outros ainda são mais incompetentes.
      Isto é uma candidatura pessoal!
      Ou um ex-ministro já não pode trabalhar?

      • A notícia não diz que foi recrutado. Até diz ser difícil ele conseguir o lugar.
        Diz tão-somente que se candidatou. Ou está proibido?

      • Este também anda distraído. Achas mesmo que uma candidatura a um cargo destes é meramente “individual”?!?!?? Todos os países fazem lobby pelos seus candidatos. Abre os olhos!

      • Andou comigo na escola?
        Aprenda a ser educado e a não tratar por tu quem não conhece.
        Foi essa a educação que me deram os meus pais. Mas pelos vistos os seus não lha deram, ou você não quis aprendê-la.
        Se todos os países fazem lobby então por que não o nosso fazer também?
        Está errado? Ou somos os coitadinhos da Europa?
        Se você se acha mais competente porque não se candidatou?
        Não lhe vou dar mais troco…

      • Palermices…
        Claro que é correto fazer lobby. A questão central, que o amigo não percebeu, é o candidato em causa. Mas isso o amigo não percebeu.

  1. Isto só pode ser para rir. Depois de tudo o que fez, se conseguir este lugar, então não há meritocracia não há merda nenhuma.
    Bem, o que perdeu Lisboa também é Ministro das Finanças!!!

    • Mas diz o Tal&Qual ( e não houve desmentido) que a CArlos Moedas despreza 230 juristas que tem nos seus quadros ( pasme-se!) e contrata por ajuste directo ( leiam bem, ajuste directo) a sociedade de advogados Linlaters ( uma das big five!) para redigir o regulamento de trotinetes.
      Como é o Moedas está tudo bem.
      Se fosse com o Medina já tinha sido trucidado na praça pública.

      • Ó homem, procure pensar antes de escrever! Todas as autarquias, ministérios têm juristas mas claramente sem competência para fazer quadros regulamentares. Fale do que sabe!

  2. Espero sinceramente que o tramem mesmo. Estes incompetentes saem do governo, e mais uma vez há a tentativa de premiar a incompetência dos mesmos.

    • A Administração da Frontex está a premiar?
      A Frontex lançou um concurso público internacional para recrutar um Director Executivo.
      Qualquer cidadão que tivesse as qualificações exigidas podia concorrer.
      Mas o Sousa Dr ( tem mesmo Dr no nome?) também podia concorrer se tivesse os requisitos exigidos.
      Basta ir ao site que há lá vagas em aberto em concurso e qualquer cidadão pode concorrer.

  3. Opus Dei e Maçonaria de mãos dadas. É assim que a mediocridade nacional é colocada nos (en)cargos internacionais de valor estratégico. Mas não é no interesse da pátria Lusa, lá isso não!…

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