A Polícia Judiciária está a realizar buscas na Comissão Distrital de Lisboa do PSD e na Concelhia de Lisboa do PS. Em causa estarão suspeitas de corrupção “através de ajustes diretos feitos por várias autarquias a militantes partidários”.
A A Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa, já veio a confirmar, através de um comunicado citado pelo Público, a existência de um inquérito a “crimes de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido”.
O inquérito motivou “cerca de 70 buscas domiciliárias e não domiciliárias, incluindo buscas a escritórios de advogados, autarquias, sociedades e instalações partidárias, em diversas zonas geográficas de Portugal Continental e Açores”.
As buscas foram inicialmente avançadas pela revista Sábado, que explicava que estavam em causa suspeitas de crimes financeiros que resultaram da contratação de pessoal e ainda da adjudicação direta de serviços a empresas ligadas ou geridas por políticos.
A operação da PJ decorre também nos serviços centrais e de Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa, no Campo Grande, três juntas de freguesia — Areeiro, Santo António e Estrela — e outras cidades do país.
Segundo a Sábado, estas freguesias adjudicaram empresas de militantes do PSD. O valor das avenças ultrapassará um milhão de euros.
O presidente da junta do Areeiro, Fernando Braamcamp, terá gasto 596.982 euros. Já o presidente da junta de Santo António, Vasco Morgado, 149.776 euros. E, o presidente da junta da Estrela, Luís Newton, pelo menos, 303.521 euros.
“O PS colaborou em tudo o que lhe foi solicitado pelas autoridades”, referiu à agência Lusa fonte oficial dos socialistas. Por sua vez, fonte do PSD disse que “estão em investigação alegados “favorecimentos a militantes” do partido, “através de ajustes diretos”, para a contratação de pessoal e a adjudicação de serviços a empresas ligadas ou controladas por dirigentes políticos”.
Carlos Eduardo Reis, conselheiro nacional do PSD que controla empresas que ganharam várias adjudicações diretas de autarquias do PSD e PS, é um dos principais visados.
Grande parte destes negócios suspeitos foram apontados em 2017 através de um e-mail anónimo. No entanto, a denúncia também chegou às autoridades que abriram uma investigação crime centrada em negócios públicos realizados por Sérgio Azevedo e Luís Newton. Ambos ocupavam cargos no Núcleo Ocidental do PSD/Lisboa.
Sérgio Azevedo era então vice-presidente da bancada do PSD na Assembleia da República, enquanto que Luís Newton era tesoureiro da concelhia do PSD/Lisboa.
PSD sem medo e disponível para colaborar
O secretário-geral do PSD, José Silvano, revelou esta quarta-feira que os inspetores da PJ estão ainda na sede nacional do partido e assegurou que a atual direção “não tem medo” de qualquer investigação “doa a quem doer”.
Em conferência de imprensa na sede do PSD, em Lisboa, sobre a operação de buscas realizadas em todo o país – incluindo a autarquias, sociedades e instalações partidárias – José Silvano frisou que a investigação em curso incide “sobre factos anteriores à eleição deste líder e desta direção”.
“Quando assumimos a direção do partido, Rui Rio e eu próprio assumimos publicamente estes princípios: não tínhamos medo de nada de ninguém, o mandato para que fomos eleitos teria como foco principal o combate à corrupção, compadrios e falta de transparência na vida política e nunca colocaríamos quaisquer obstáculos à procura da verdade, doesse a quem doesse”, sublinhou.
Por essa razão, quando foi “surpreendido” com um mandado de busca na sede nacional do PSD – onde estão consolidadas as contas de todas as estruturas do partido – o partido disponibilizou “todos os documentos pedidos e espaços para consulta sem quaisquer restrições”, numa operação que ainda decorre na sede da São Caetano à Lapa.
Sobre consequências internas, José Silvano recusou pronunciar-se sobre pessoas e casos concretos – dizendo que a comunicação social parece ter mais informações do que o PSD – e salientou que estas só poderão vir a acontecer caso haja uma sentença com trânsito em julgado.
A investigação é coordenada pelo Ministério Público no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
ZAP // Lusa
Os “palradores” do costume agora estão calados?
claro, quer dum lado quer do outro, venha o diabo e escolha…
Parece-me coincidência a mais que só agora a magistratura chegue assim tão forte e perto dos partidos.
Se foi o RR que conseguiu desbloquear a coisa (e será também porque alguns seus opositores vão ser apanhados nas dobras) é já qualquer coisa. Ao menos varre-se um bocado da casa.
Se houvesse mais disto a TODOS os partidos è que era bom.
se a policia e ministerio nao estivere corrumpidos, esta noticia nao é mais uma estrategia para se fingir que a Justiça funciona. Demos- poder a ladroes e corruptos governantes em todos os quadrantes e agora a constituição dá-lhes proteção. Abstenção global de votação é o minimo, entre outras medidas
Espero que seja desta que engavetem aquele Carlos César… Cacique manhoso do PS. E a mesma coisa para qualquer chico fatela do PSD que seja detectado nas malhas da investigação. Isto não tem nada a ver com ideologias políticas… Mas sim com ter asco a aldrabões que se metem na política para tratar da vidinha deles.
Que são a maioria…
Não quero dizer todos, porque ainda tenho um resto de esperança que haja uns poucos que sejam gente séria….
Bem dito, caro “Ah”.
Acho eu, como Português que sou, não acredito que se faça Justiça a esses Sr,s, é mais uma Novela a passar na Comunicação Social, tenho a certeza se fossem uns Trolhas talvez desse qualquer resultado.
BIBA PORTUGAL
Olha!!!!
E eu, otário!!, a pensar que era só no futebol.
Quando será que acordo para a realidade?