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Bruno de Carvalho suspeito de tirar meio milhão de euros ao Sporting

Nuno Fox / Lusa

O antigo presidente do Sporting, Bruno de Carvalho

Duas avultadas transferências de dinheiro, que saíram do Sporting a 24 de junho, estão sob suspeita. Estão em causa cerca de meio milhão de euros que terão sido pagos a duas construtoras.

Não se sabe exatamente que dívida estava em causa – ou se a mesma dívida existe -, avança esta terça-feira o Correio da Manhã. O que se sabe é que o pagamento foi feito um dia depois de Bruno de Carvalho ter sido destituído da presidência do Sporting.

 

De acordo com o mesmo jornal, a ordem de pagamento foi feita a um domingo e executada por uma funcionária da contabilidade de Alvalade. A ordem aconteceu no mesmo dia em que Jaime Marte Soares apresentava a Comissão de Gestão, liderada por Artur Torres Pereira. Bruno de Carvalho tinha sido afastado com 70% dos votos dos sócios do clube.

Há também suspeitas que, no mesmo dia, as memórias dos computadores da SAD leonina tenham sido apagadas. Nessa data – até a terça-feira seguinte, quando Bruno de Carvalho aceitou sair das instalações e permitiu a entrada de Sousa Cintra – terão sido levadas todas as atas sobre a constituição das comissões transitórias.

Há ainda um outro processo sob investigação: a empresa que construiu o pavilhão João Rocha avançou contra Bruno de Carvalho por burla. Estão em causa 375 mil euros. A empresa diz que foi enganada e estende a queixa aos restantes membros da antiga direção leonina, bem como ao Sporting enquanto clube.

A queixosa terá entregue uma garantia bancária para assegurar o cumprimento da obra. Poucos dias antes de ser destituído, Bruno de Carvalho acionou a garantia bancária e apoderou-se da quantia. A queixa já entrou no DIAP e foram anexados diversos elementos de prova. A empresa construtora exige ainda mais de 200 mil euros de pagamentos de faturas relacionadas com a obra.

Estas e outras situações terão sido detetadas na auditoria que ainda não terminou e cujos resultados só deverão ser conhecidos no início do próximo ano. Todos os casos que envolvam suspeitas de matéria-crime terão de ser comunicadas ao Ministério Público, para uma investigação autónoma.

ZAP //

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