Bruno de Carvalho foi expulso esta sexta-feira de sócio do Sporting. A sanção ao antigo presidente do clube foi comunicada pelo Conselho Fiscal e Disciplinar através de um comunicado.
Esta é a sanção mais pesada de acordo com os estatutos dos leões. Ainda assim, e tal como aconteceu com a suspensão por um ano que estava agora a cumprir, este castigo deve ser ainda passível de recurso para Assembleia Geral Extraordinária.
O processo em causa foi levantado ainda pela Comissão de Fiscalização liderada por Henrique Monteiro, que deixou funções após as eleições de setembro que elegeram Frederico Varandas como novo presidente, tendo a nota de culpa sido enviada para todos os visados a 23 de agosto, exatamente dois meses depois da destituição em Assembleia Geral de toda a Direção.
Em comunicado, o Conselho Fiscal e Disciplinar anunciou a expulsão de Bruno de Carvalho e sanções a outros dirigentes. Além do ex-presidente do Sporting, foi também expulso Alexandre Godinho, vice-presidente do anterior Conselho Diretivo do Sporting.
Carlos Vieira, antigo vice-presidente da SAD, e Luís Gestas, vogal da direção do Sporting, foram suspensos por nove e seis meses, respetivamente.
Rui Caeiro, elemento do Conselho Diretivo dos leões com a tutela das modalidades foi punido com a sanção de Repreensão Registada. Os autos em relação a Luís Roque e José Quintela, vogais do Conselho Diretivo, foram arquivados.
O Conselho Fiscal e Disciplinar identificou 12 infrações disciplinares a Bruno de Carvalho, nas quais se incluem “a tentativa de bloqueio de contas e de usurpação de funções”. Alexandre Godinho teve 10 infrações, Carlos Viera seis, Luís Gestas quatro e Rui Caeiro duas.
O Conselho justificou a aplicação da sanção mais grave prevista nos Estatutos – e até no Regulamento – devido aos “factos praticados, em acumulação, com premeditação, com relevantíssimos danos de imagem, moral e patrimonial, com dolo direto muito intenso, com liberdade, consciência e conhecimento da ilicitude pelos Sócios Visados Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho assumiram uma gravidade, uma ilicitude e uma censurabilidade tão grande e elevada”.
Em relação às penas de suspensão de Carlos Vieira e Luís Gestas, o Conselho “considerou-que a responsabilidade de ambos é diferente. A sua participação nos factos é diversa assim como as consequências dos mesmos”.
Relativamente a Rui Caeiro, considerou que “atento o menor número de infrações praticadas e um menor grau de participação nos factos, julgou-se ser suficiente a aplicação de uma pena de repreensão registada”.
Quantos aos sócios Luís Roque e José Quintela não foram provados factos que permitam efetuar qualquer imputação de infrações aos mesmos, pelo que foram os autos arquivados.
Os sócios visados foram notificados da decisão final, tendo sido comunicado que, das decisões de expulsão e de suspensão, cabe recurso para a Assembleia Geral, com efeito suspensivo e devolutivo respetivamente.
Bruno de Carvalho foi destituído e afastado da presidência a 23 de junho de 2018. Em Assembleia Geral, os sócios votaram pelo afastamento do então presidente dos “leões”. Bruno de Carvalho mostrou-se disposto a recandidatar-se à presidência do Sporting — conquistada por Frederico Varandas —, mas foi impedido devido à suspensão de um ano imposta pelo órgão disciplinar do Sporting.
Bruno de Carvalho vai recorrer
Alexandra Carvalho, irmã de Bruno de Carvalho, revelou que o ex-presidente do Sporting vai recorrer da expulsão de sócio do clube lisboeta, numa publicação no Instagram.
“Bruno de Carvalho vai recorrer da prepotente expulsão e os sócios vão mobilizar-se para serem ouvidos e para ser possível recuperar o carisma, garra e vibração ao nosso SCP”, indica a publicação de Alexandra Carvalho.
A irmã do antigo presidente do Sporting escreveu na sua conta pessoal no Instagram que “a golpada continua sob o lema ‘Bruno és tu ou eu!'”.
inchaaaaa porcooooo!
Qual deles?
Já não era sem tempo!
Pé na bunda!.. E é goooolo do Sporting! Finalmente e finalmente…