Braços robóticos dão um novo significado a “Podes dar-me uma mãozinha?”

Alguma vez lhe passou pela cabeça ter um braço robótico para lhe dar uma “mãozinha extra”? Pois é, parece que essa realidade não está assim tão longe de acontecer.

A questão que se coloca é que papel poderão desempenhar esses braços nas interações sociais. Os braços Jizai, de aspeto selvagem, foram concebidos com base nessa questão.

De acordo com o New Atlas, estes braços foram criados por uma equipa de cientistas da Universidade de Tóquio. A origem do nome “Jizai ” vem das tradicionais figuras japonesas de animais articulados “Jizai Okimono“.

Jizai traduz-se aproximadamente por “livremente” ou, neste caso, “movendo-se livremente“.

No centro da configuração experimental encontra-se uma mochila equipada com seis entradas integradas. É possível conectar diferentes tipos de braços robóticos articulados, específicos para cada sistema, numa ou mais dessas entradas.

Os braços podem ser controlados em tempo real pelo utilizador ou por outra pessoa. Além da funcionalidade, os braços foram concebidos com uma estética agradável, para “se harmonizarem com o corpo humano”.

Ainda se aguarda uma resposta dos investigadores sobre os meios exatos através dos quais os braços Jizai são controlados, embora um relatório no Analytics Vidhya afirme que é utilizado um controlo remoto sem fios que parece uma versão em miniatura dos braços.

O relatório também afirma que, com quatro braços ligados, a configuração vestível atinge os 14 kg.

Kazuaki Koyama / Jizai Arms

Para o estudo, grupos de voluntários usaram os sistemas Jizai Arms, enquanto interagiam fisicamente uns com os outros, em diferentes contextos sociais.

Os participantes foram encorajados a trocar braços uns com os outros, se assim o entendessem. Também podiam controlar os seus próprios braços e os de outros voluntários.

“A partir das nossas sessões de role-playing, descobrimos que os nossos corpos conseguiam sentir com precisão a ligação/desligamento dos braços, e sentimos um forte impacto, especialmente quando desligávamos ou reduzíamos o número de braços robóticos usados”, disseram os cientistas.

“Também sugerimos que se adicionasse personalização aos braços robóticos para gerar um sentido de propriedade social — o sentido de propriedade de um indivíduo em relação a uma parte específica do corpo artificial, partilhada entre várias pessoas —, como um tópico de investigação futura”.

Uma ajuda extra é sempre bem-vinda, não é verdade? Quem sabe um dia esta realidade lhe bata à porta!

Teresa Campos, ZAP //

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