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Uma conferência em Boston com 100 participantes levou a centenas de milhares de casos (em vários países)

Uma conferência da Biogen, em Boston, nos Estados Unidos, pode ter despoletado centenas de milhares de casos de coronavírus em vários países.

De acordo com o jornal britânico The Independent, a conferência da Biogen, em Boston foi realizada no final de fevereiro num hotel e acabou por gerar 333 mil casos. Os investigadores acreditam que a conferência é um dos primeiros surtos de covid-19 na cidade norte-americana.

Cientistas que analisaram o surto e a sua disseminação subsequente ligaram o evento de Boston a dezenas de milhares de infecções na Flórida.

O Boston Globe relatou que a conferência contou com a presença de só 175 pessoas e, no final do surto, mais de 100 tinham testado positivo para o coronavírus.

O estudo estima que a conferência da Biogen, em Boston, é responsável por aproximadamente 1,6% de todos os casos de covid-19 nos Estados Unidos desde o seu início.

Segundo o Mercury News, o surto resultou na disseminação do vírus para a Flórida, Carolina do Norte, Indiana, nos Estados Unidos – mas também para outros países como a Austrália, a Suécia e a Eslováquia.

No entanto, nem todas as reuniões em massa fechadas se transformam em eventos massivos de disseminação nacional. O relatório também analisou um caso de uma casa de repouso em Wilmington, Massachusetts, onde um surto em toda a instalação foi detetado após uma triagem casual.

O vírus infetou 82 dos 97 residentes e 36 funcionários. Duas dúzias de residentes morreram em duas semanas após receberem os testes, mas o surto permaneceu em grande parte na enfermaria.

Os investigadores determinaram que ambos os eventos eram perigosos – no caso da casa de repouso porque os residentes estavam em faixas etárias de alto risco e no caso da conferência porque os indivíduos provavelmente viajariam e espalhariam o vírus.

“As implicações podem ser maiores, quando medidas como um custo para a sociedade, para eventos de superespalhamento que envolvem populações mais jovens, mais saudáveis e mais móveis devido ao aumento do risco de transmissão subsequente”, revela o estudo.

Este novo estudo foi publicado este mês na revista Science.

Maria Campos, ZAP //

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