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Boris quer destronar Thatcher com mais uma década no poder

number10gov / Flickr

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson

Há quem acredite que o atual primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, quer bater o recorde de Margaret Thatcher, que exerceu o cargo de 1979 a 1990.

Um membro do Governo britânico terá dito ao The Times que Boris Johnson vai “querer continuar e continuar” e que o seu objetivo é construir um verdadeiro legado no n.º 10 de Downing Street.

“O que Dominic Cummings disse sobre ele ir para o pôr-do-sol é um disparate. Ele é muito competitivo. Ele quer continuar durante mais tempo do que Thatcher“, afirmou, citado pelo The Guardian. O ex-conselheiro tinha dito que o primeiro-ministro planeava demitir-se dois anos após as próximas eleições, para “ganhar dinheiro e divertir-se”.

O diário britânico realça, contudo, que os planos que o governante partilhou para as eleições de 2024 são diferentes: segundo Boris Johnson, os planos conservadores para “nivelar” a sociedade britânica levariam 10 anos.

Esta promessa, frequentemente repetida, tem sido criticada por deputados de todos os partidos por carecerem de “definição” e “coordenação”.

O líder do partido nacional escocês Westminster, Ian Blackford, utilizou as ambições do PM britânico, que quer manter-se no poder durante mais de uma década, dizendo que era “a única forma de manter a Escócia a salvo dos danos a longo prazo dos cortes Tory”.

O primeiro-ministro “infligiu danos a longo prazo à Escócia”, como os custos do Brexit, os cortes no crédito universal e o aumento das contribuições para os seguros nacionais, argumentou.

Também Barry Sheerman, deputado trabalhista, mostrou-se preocupado com a ideia de mais 10 anos de Boris Johnson no poder. “Todos aqueles que acreditam numa política decente e honesta de princípios, é melhor que façam algo para frustrar esta ambição”, escreveu no Twitter.

A visão otimista de Boris de querer prolongar o seu mandato segue-se a um deslize nas sondagens, depois de o Governo britânico ter anunciado um aumento de impostos. Uma sondagem do YouGov mostrou que o apoio aos conservadores caiu cinco pontos percentuais para 33%, enquanto que os trabalhistas aumentaram um ponto para 35%.

ZAP //

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