O “boom” da indústria das bicicletas em Portugal é destaque no The New York Times. A produção tem aumentado, levando à criação de mais postos de trabalho.
Para responder ao aumento da procura de bicicletas, Portugal está a investir em novas fábricas, a contratar trabalhadores e a lidar de forma positiva com a escassez de peças. O “boom” da indústria das bicicletas é destaque esta quarta-feira no jornal norte-americano The New York Times.
Portugal é oficialmente o maior fabricante de bicicletas da União Europeia, a produzir quase um quarto das bicicletas do bloco. Cada vez mais pessoas decidem pedalar para manter a forma após os confinamentos ou para evitar transportes públicos lotados no caminho para o trabalho.
Cerca de 60 empresas da região Norte montam bicicletas ou fazem as suas peças e acessórios, escreve o jornal norte-americano. O setor tornou-se um dos empregadores de crescimento mais rápido em Portugal, com a sua força de trabalho a crescer 65% nos últimos cinco anos, para 7.800 funcionários.
À medida que a procura aumentou, os fabricantes enfrentaram problemas que interromperam a produção, uma vez que faltam peças da Ásia. Isto estimulou investimentos adicionais na região, incluindo o que se acredita ser a primeira fábrica da Europa a fazer quadros de bicicleta de fibra de carbono: a Carbon Team.
A empresa prevê inicialmente fazer 25.000 quadros por ano, mas tem capacidades para duplicar esse objetivo.
“Acho que a pandemia deixou claro para todos que poder produzir na Europa é uma grande vantagem”, disse Pedro Araújo, CEO da fabricante de bicicletas Polisport, em declarações ao The New York Times.
À procura de mais funcionários, os fabricantes de bicicletas de Portugal puderam reempregar pessoas despedidas por outras indústrias, incluindo engenheiros e trabalhadores de linha de montagem.