Um soldado português, que combatia pela Ucrânia desde fevereiro de 2024, morreu durante uma operação em Kupiansk – zona controlada pelos russos. Jerónimo Guerreiro tinha 23 anos e morreu numa “causa em que acreditava”.
Jerónimo Guerreiro fazia parte da Legião Internacional para a Defesa da Ucrânia.
Terá morrido no dia 29 de maio, numa operação em Kupiansk – uma zona controlada pelos russos.
Na guerra da Ucrânia desde fevereiro de 2024, Jerónimo Guerreiro pertencia aos Bombeiros Voluntários de Sacavém e foi militar do exército português.
O jovem esteve cerca de oito meses na corporação, antes de pedir suspensão para ir combater na Ucrânia.
Entretanto, o secretário de Estado das Comunidades José Cesário confirmou a notícia da morte, em combate do cidadão português Jerónimo Guerreiro, e que a família pediu apoio consular para a trasladação do corpo para Portugal.
“Tenho a informação desde ontem [sábado] à tarde e só hoje de manhã é que tive a resposta da mãe do jovem. Efetivamente, ela confirmou-me o que se passou. Ela recebeu a informação de lá. Eu tinha recebido a informação através de fontes pessoais, aqui”, disse.
“Atenção, que se trata de uma informação oficiosa. Só podermos confirmar em definitivo o facto depois de sabermos se o corpo aparece, ou onde o corpo está”, ressalvou o governante à RTP.
“(A trasladação é) a grande preocupação da mãe. Podermos ajudá-la a trazer o corpo. Já pedi à nossa embaixada para fazer tudo o que puder no sentido de tentarmos chegar ao corpo, mas é muito difícil porque a área, pelo menos pela informação que temos, a área estará controlada pelos russos”, explicou.
Ao Observador, a mãe de Jerónimo, Cristina Jesus, contou que o filho foi enviado para uma missão naquela região na quinta-feira e que foi alvo de “uma emboscada pelos russos”.
Ao mesmo jornal, Armando Batista, comandante dos Bombeiros Voluntários de Sacavém, contou que falava regularmente com Jerónimo e recentemente aconselhou-o a vir-se embora.
“Ainda há cerca de um mês mandou mensagem a dizer que as coisas estavam complicadas, mas que se sentia bem. Disse-lhe para ele se vir embora, disse-lhe ‘já fizeste o que tinhas a fazer’… Mas ele dizia que aquilo era a sério“.
Este era também um apelo repetido pela mãe, mas o jovem respondia que estava a “cumprir o seu dever, numa causa em que acreditava”.
“Sempre lhe disse ‘Jerónimo, não vás, não vás’. Disse-lhe que arranjava trabalho aqui. Morreu a honrar a profissão dele e o que gostava de fazer. Uma mãe dizer para que um filho não vá… eles também seguem o seu caminho”, conta.
Questionado sobre se tem informações sobre mais cidadãos portugueses a combater na Ucrânia, José Cesário disse “não haver confirmação” de números.
“Sabemos que há lá casos, mas não temos confirmação total porque são pessoas que estão e depois deixam de estar e eles não nos informam. Nem têm que informar, porque estão lá a título meramente pessoal”, concluiu.
Em julho de 2024, outro ex-bombeiro português morreu na guerra na Ucrânia. João Luís Chaves Natário não resistiu a um ataque russo em Dnipro, depois de dois anos em combate.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
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2 Junho, 2025 Bombeiro português morre a lutar pela Ucrânia
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar! Que Deus tenha a sua alma em descanso
Bacoco … para não lhe chamar acéfalo!
Um herói.
Que descanse em paz.
Este tipo de heróis faziam ainda mais falta na Palestina. Mas somos demasiado egoístas para imaginar o sofrimento daqueles pais e mães na Palestina ao ver os filhos a morrerem como consequência da guerra e da fome.
De acordo com essas mães e passo a citar, temos muitos filhos para os atirar para a jihade e serem mártires por Allah..
Depende da fonte de informação onde foi ler essa noticia. O amigo sabe o que são colonos? Já se deu ao trabalho de compreender a origem do conflito entre Israel e a Palestina. Faça um esforço e abstraia-se da parte política e tente obter mais informação sobre este tema. Se calhar vai ficar surpreendido.
É pena que um português tenha morrido na Ucrânia a combater por interesses que não são os do seu país. Portugal, e a Europa, necessitam de se libertar da NATO, que só serve os interesses americanos, e necessitam de uma Rússia forte e independente, que se junte à Europa para resistir à próxima divisão do mundo entre americanos e chineses. O Jerónimo não percebeu isso e deu a vida para nada.
Gostavas de Portugal ser a próxima Ucrânia.
Gostava que Portugal fosse a próxima Palestina?
Talvez tenha querido dizer:
“Gostavas QUE Portugal FOSSE a próxima Ucrânia.”
Mas não, não gostava com certeza…
Amigo … toca a alistar e rumar à Ucrânia! Isso de ser general de sofá não é cool!!
Se Portugal saísse da NATO e se unisse militarmente à China ou à Rússia, corria o risco de ser a próxima Ucrânia, isto é, de ser invadido pela potência dominante no nosso hemisfério.
Coitadinho … Tenho tanta pena dele!
Saiu de casa para matar e foi servido com uma boa dose de aço sem ter visto qualquer presa … Justiça poética!
Justamente. A mãezinha diz que o rapaz foi lutar “pelo que acreditava”. Como era bombeiro, duvido que tenha sido apanhado jogando mangueiradas de água no inimigo, “morreu a honrar a profissão dele e o que gostava de fazer”. O que realmente deve ter acontecido foi ter acreditado no dinheiro que ia ganhar, matando alguém com pouco risco, e a coisa correu-lhe mal..