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“Bolsonômetro” reúne declarações falsas ou imprecisas de Bolsonaro. Presidente faz uma a cada quatro dias

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Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, faz pelo menos uma declaração falsa ou imprecisa a cada quatro dias. A conclusão é do Folha de S. Paulo, que na quinta-feira lançou uma ferramenta que reúne afirmações presidenciais, devidamente verificadas e contextualizadas.

Segundo noticiou o Expresso, citando aquele jornal brasileiro, responsável pela criação do Bolsonômetro, a primeira conclusão resulta da sistematização de 86 declarações daquele tipo feitas nas redes sociais, transmissões ao vivo, entrevistas e discursos desde que tomou posse, a 01 de janeiro.

Na quarta-feira, Bolsonaro escreveu, por exemplo, que três empresas iriam fechar as suas fábricas na Argentina e mudar-se para o Brasil. Em causa estaria o regresso da ex-Presidente argentina Cristina Kirchner, recentemente eleita vice-Presidente. Uma hora depois, apagou a publicação que havia feito após as empresas terem negado a informação.

O jornal calculou uma média de 8,6 declarações falsas ou imprecisas por mês desde que assumiu funções. Os períodos mais críticos foram os meses de agosto e setembro, cada um com 20 declarações daquele tipo.

Em plena crise provocada pelos incêndios na Amazónia, Bolsonaro afirmou: “A floresta não está pegando fogo como o pessoal está dizendo” ou “O clima seco e os ventos favorecem queimadas espontâneas e criminosas”.

Em setembro, ao discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, o Presidente brasileiro voltou a proferir declarações falsas ou imprecisas. O dia em que discursou, 24 de setembro, foi, de resto, o dia em que registou o maior número de declarações deste tipo – foram 11, no total, escreveu o Folha de S. Paulo.

Bolsonaro afirmou, por exemplo, que o Governo brasileiro tem uma “política de tolerância zero para com a criminalidade, aí incluídos os crimes ambientais”. No entanto, o Presidente questiona os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, que apontam para um aumento do desmatamento.

No palco da ONU, Bolsonaro também reafirmou o compromisso do seu país “com os mais altos padrões de direitos humanos, com a defesa da democracia e da liberdade de expressão, religiosa e de imprensa”.

O Folha de S. Paulo lembrou, contudo, que o chefe de Estado brasileiro defende a ditadura militar, elogia várias vezes o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por tortura, e acusa a imprensa de o perseguir.

ZAP //

9 Comments

  1. O problema do Brasil é que tem de tomar uma decisão difícil:
    Quer um ladrão ou quer um maluco e ainda por cima burro?
    A escolha não é fácil.

    Por cá tínhamos a escolha mais facilitada: era só ladrões.

    • Bolsonaro foi o primeiro presidente do Brasil que escolheu a equipe de ministros sem indicação partidaria mas por Mérito…
      A força do socialismo no Brasil não se trata de mera ideologia mas de pessoas reais que cometem crimes reais… com influência até mesmo no Supremo Tribunal, mas do lado do Bolsonaro estamos nós… Brasileiros.
      Parece um avô que até pode falar demais… e algumas aparentes tolices mas no fundo ama o Brasil e está nos defendendo dessa podridão comunista na América Latina.
      Pesquise Foro de São Paulo.

    • É facil compreender.
      Se fosses morar em um outro país iria querer o bem ou o mal para os que ficaram? E ainda acha que foram para aí durante o Governo Bolsonaro?
      Confesso que se Bolsonaro não ganhasse já pensava em um segundo plano fora do Brasil pra mim e minha familia.

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