Blatter reafirma que nem ele nem a FIFA são corruptos

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Ennio Leanza / EPA

O presidente da FIFA,  Joseph Blatter

O presidente da FIFA, Joseph Blatter

Em entrevista exclusiva à BBC, Joseph Blatter refutou as acusações que o culpam de ter agido de forma corrupta dentro da organização.

“Sei o que fiz e o que não fiz. Tenho a consciência tranquila e sei que sou um homem honesto. Estou limpo”, afirmou o presidente da FIFA ao canal britânico.

Em maio passado, a organização passou por um dos episódios mais polémicos desde a sua origem, quando o Departamento de Justiça americano acusou alguns dirigentes da instituição de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos.

Em causa estão subornos na ordem dos 140 milhões de euros, sendo que sete dirigentes foram presos num hotel em Zurique, na Suíça.

Face a esta situação, Blatter defendeu que a FIFA não é corrupta mas sim algumas das pessoas que trabalham na instituição.

“A instituição não é corrupta. Não há corrupção no futebol. Há corrupção com indivíduos”, disse.

“Não há uma corrupção generalizada e organizada. A FIFA não é corrupta, as pessoas que trabalham nela é que podem ser”, rematou o presidente.

Embora não tenha sido diretamente ligado a este escândalo, no mês seguinte, Blatter renunciou ao seu cargo.

Sobre a sua decisão, o suíço diz que é “suficientemente forte” para se defender e que só o fez para “proteger a FIFA”.

Questionado a respeito das suspeitas de desvios que envolvem o Comité Executivo, Blatter, que está na instituição há quase 40 anos, diz que não pode responder pelos acusados.

“Não sou moralmente responsável por eles. O problema da FIFA – e é essa a reforma mais importante que temos de fazer agora – é a composição do Comité Executivo, que não é eleito pela mesma entidade que elege o presidente”, afirmou.

Até se realizarem as eleições marcadas para 26 de fevereiro do próximo ano, “Sepp” Blatter continua a assumir o controlo da FIFA.

ZAP / BBC

4 Comments

  1. Por acaso é um cidadão Suíço. Por acaso foi lá que milhões fora depositados de “clientes” incinerados cujos herdeiros levaram décadas a… Depois, por acaso é lá que moram dinheiros, digo milhões sujeitos a rogatórias ‘socráticas’ do estado português, eventualmente do estado brasileiro e do ‘lava jato’. Até parece que é por ali que tendencialmente qualquer batelão de dinheiro passa ao fresco por algum tempo!

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