O bilionário e co-fundador da Microsoft criticou esta semana a Parler, uma rede social semelhante ao Twitter na forma como opera, considerando que esta plataforma um “ótimo” lugar para os negacionistas do Holocausto.
Semelhante à rede social Twitter, a plataforma Parler assume-se como uma rede social pela liberdade de expressão, afirmando que não censura a opinião dos seus utilizadores.
A aplicação, criada em 2018 pelo seu CEO John Matze, tem se tornado bastante popular especialmente entre políticos de direita, comentadores e figuras públicas.
Liderou o número de downloads de utilizadores iOS e Android nos Estados neste mês, depois de ser promovido por várias figuras públicas, como o apresentador da Fox News Sean Hannity, a pivô Maria Bartiromo ou o senador norte-americano Ted Cruz.
Bill Gates critica a aplicação, considerando que muito do seu conteúdo incluiu “coisas malucas”, sugerindo que esta plataforma vai atrair utilizadores que são radicais demais para plataformas mais convencionais como o Facebook ou o Twitter.
“Se quiserem conteúdo sobre a negação do Holocausto, a Parler será ótimo”, disse em declarações ao The New York Times DealBook Summit, citadas pela emissora CNBC.
De acordo com a revista norte-americana Newsweek, a falta de moderação nesta plataforma acaba por atrair utilizadores que foram proibidos ou restringidos pelos serviços das principais redes sociais por violação das respetivas plataformas.
Investigadores observaram que a plataforma tem utilizadores de extrema direita e pessoas que acreditam em teorias da conspiração. “Os adeptos do QAnon, extremistas antigovernamentais e supremacistas brancos promovem abertamente as suas ideologias no site, enquanto a negação do Holocausto, o anti-semitismo, o racismo e outras formas de intolerância também são fáceis de encontrar”, afirmou a Liga Anti-Difamação (ADL).
Para Gates, as redes sociais têm de ter uma regulamentação mais forte nos Estados Unidos para ajudar a evitar a propagação de notícias falsas.
“O Facebook [é a] principal forma de as pessoas acederem a notícias e serem atraídas por histórias cada vez mais radicais, incluindo algumas sobre anti-vacinação ou conspirações. As pessoas não dizem simplesmente: ‘Eu quero ver coisas loucas’. Simplesmente são atraídos e acabam por ver coisas que são excitantes… e aí é quase uma fraqueza humana”.
No início de novembro, o jornal norte-americano The Wall Street Journal noticiou que a plataformaé financiada pelo investidor de fundos Robert Mercer e a sua filha Rebekah, uma família conhecida por fazer donativos robustos a causas conservadoras.
Recentemente, Ivanka Trump, filha do Presidente dos Estados Unidos, anunciou aos seus 10 milhões de seguidores no Twitter que se iria juntar à Parler.
No momento desta publicação, não tinha ainda nenhuma publicação na platadorma.
Zap: ERRO “O Facebook [é a] principal forma de as pessoas acederem a notícias e serem atraídas por histórias cada vez mais radicais, incluindo algumas sobre anti-vaicnação “–> VACINAÇÃO
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