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CGD emprestou 350 milhões a Berardo sem aval. Decisão foi tomada em 57 minutos

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Homem de Gouveia / Lusa

Joe Berardo

A Caixa Geral de Depósitos dispensou o aval de Joe Berardo sobre um empréstimo de 350 milhões de euros à sua fundação para compra de ações do BCP. A decisão foi tomada em menos de uma hora.

De acordo com o Correio da Manhã, que avança a notícia esta sexta-feira e cita a auditoria da consultora Ernst & Young (EY), o banco do Estado abdicou de uma garantia que responsabilizaria o empresário da Madeira pelo pagamento do crédito em causa.

A decisão sobre o empréstimo terá sido tomada por Carlos Santos Ferreiras, Norberto Rosa, Armando Vara e Francisco Bandeira, os administradores que estiveram presentes na reunião do Conselho Alargado de Crédito a 3 de abril de 2007.

Além da “dispensa do aval do Comendador [Joe Berardo]”, estes responsáveis deram luz verde a várias outras alterações às condições de concessão de crédito, de acordo com a ata nº14/07 a que o matutino cita. O crédito concedido por um prazo de cinco anos passou a ser uma “operação sob a forma de conta corrente”, e o rácio de cobertura da dívida contraída caiu dos iniciais 110% para 105%.

Em contrapartida, a Fundação Berardo deu, como garantia do pagamento desse crédito ações das ex-PT e ex-PT Multimédia, BCP, EDP, BPI, Brisa, Sonae SGPS e ex-Sonaecom. Quando autorizou o crédito à Fundação, escreve o CM, no início de março de 2007, a CGD admitiu dispensar o aval de Berardo após analisar as contas da fundação.

Como a fundação não pagou o empréstimo na totalidade, em 2015, segundo a auditoria da EY, a CGD assumiu uma imparidade de 46,5% sobre o montante então em dívida de 276,6 milhões de euros. Questionada pelo jornal, a Caixa Geral de Depósitos não fez qualquer declaração até ao fecho da edição.

De acordo com a Sábado, foram precisos apenas 57 minutos para aprovar o crédito de 350 milhões a Joe Berardo. Durante esse período de tempo, foram discutidas operações de dez empresas e instituições, incluindo a do empresário madeirense. A revista frisa ainda que este foi um dos empréstimos que se revelou mais prejudiciais para o banco público.

ZAP //

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15 Comments

  1. … e a Justiça (?!?!?) de braços cruzados, conivente com estes roubos !
    Fosse um pedinte a roubar um chocolate no hipermercado, já estaria a cumprir pena.
    Porcaria de país este !!

    • No reyno da korruptlândia…. Tudo pode acontecer….. Uns roubam… E o povo paga….

      Mas a justiça não foi abolida no tempo do socretino?!!! Justiça nem vem no dicionário (H)Ortográfico do linguajar porbrasilês?????!!!!!

    • É altura de pedir responsabilidades aos bem remunerados gestores públicos ke até hoje não mostraram serem competentes na vida profissional.

  2. não entendo o problemas!
    as pessoas estão identificadas, têm bens com fartura (coleção de arte milionaria, adegas) é só agir em conformidade e arrestar.
    Espera se calhar o problema é a constituição ou a Lei que define que os crimes prescrevem.
    podemos pensar que quem a escreveu queria deixar a porta aberta para aqueles que são mal intencionados.
    Mas não há nada a fazer pois não se pode mudar o que outros homens escreveram.
    talvez não haja também é vontade de o fazer

  3. Se fosse um cidadão comum que não pagasse a prestação relativa ao empréstimo da sua habitação, de imediato era penhorado o vencimento e contas bancarias, não se preocupavam que não tivessem meios para dar de comer aos seus filhos!

    Pergunto: Não será melhor nomear o Sr. Berardo para Ministro das Finanças?
    Talvez este resolva o problema da divida do país, não paga.

  4. Não foi a CGD que emprestou, foi o responsável daquele balcão que o fez, então que arque com as suas responsabilidades (recebeu o seu ordenado para um cargo de responsabilidade) ou onde fica essa RESPONSABILIDADE? Ou caso não queira essa responsabilidade que reanalise o processo e penhore o bem financiado.

  5. Ninguém tem nada que ir agora perguntar coisas à CGD. Ela não responde e faz bem. Têm que ir pedir batatinhas a quem nomeou o Santos Ferreira, o vara, o bandeira e quejandos, para administradores. Eles é que são os responsáveis. Temos uma geringonça no poder e o escurinho também é desse tempo. Talvez ministro a Justiça ou da AI. É meter essa corja toda na pildra!

  6. O que espera o Estado para arrestar bens do devedor no valor da dívida. Que eu saiba a CGD é um banco do Estado. Aguardem para que tudo desapareça, paguem-lhe subsídios para exposições, porque os tribunais não tem meios suficientes para ir buscar os quadros. Outra alternativa é levantar um processo …. e o resto não digo porque estamos em democracia.

  7. E sem garantia, isto é que são bons administradores! Estes deveriam estar todos e por muitos anos atrás das grades, quanto ao senhor fanfarrão Berardo é caçar-lhe os bens que tem em seu nome ou por trafulhice no nome de outrem, pois tem pelo menos uma boa colecção de quadros e uma quinta na região de Torres Vedras e certamente não se fica por aqui. Desta forma também eu seria milionário!.

  8. Presidente da Republica, primeiro ministros, Ministra da Saúde, deputados de esquerdo e direita, povo.. fazem Uma birra, por causa de um crowdfunding de 400.000eur, que não foi cobrado a nenhum deles.. Enquanto isso, um indivíduo ensaca 350.000.000eur, e presidente, ministros, deputados, fazem um pouco menos que NADA….

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