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Benfica vs Guimarães | Da goleada ao credo na boca

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António Cotrim / Lusa

O Benfica somou três pontos no primeiro jogo da Liga NOS 2018/19. A equipa “encarnada” realizou uma primeira parte espectacular, com três golos e uma grande penalidade falhada, começou bem a etapa complementar, mas relaxou e permitiu a reacção do V. Guimarães no final, segurando o 3-2 final.

A grande figura da partida foi o médio Pizzi, autor dos três golos do Benfica, na fase de maior eficácia dos da casa no ataque.

O Jogo explicado em Números

  • Excelente entrada do Benfica, a registar 64% de posse de bola dos primeiros dez minutos, embora cabendo a Junior Tallo o primeiro lance de perigo, aos sete, para magnífica defesa de Odisseas Vlachodimos. Porém, do outro lado os “encarnados” não perdoaram e abriram rapidamente o activo, por Pizzi, precisamente aos dez minutos.
  • O Benfica estava endiabrado e, à passagem do quarto-de-hora, beneficiou de uma grande penalidade. Contudo, Facundo Ferreyra, na primeira vez que tocou na bola no campeonato português, permitiu a defesa de Douglas.
  • Este lance deu ânimo ao Vitória, que acertou no ferro da baliza de Vlachodimos, aos 18 minutos, por Tallo. O Benfica dominava aos 20 minutos, com 65% de posse de bola, mas os minhotos eram sempre perigosos no ataque, com três remates, dois deles enquadrados (4-2 para os “encarnados”).
  • A meia-hora foi boa conselheira para o Benfica, que chegou ao 2-0. Excelente lance de Salvio, a bola chegou a Pizzi e o médio português não foi de “modas” e atirou a contar para o seu bis no jogo. Nesta fase, as “águias” já registavam oito remates, quatro deles enquadrados, 68% de posse de bola e 89% de eficácia de passe. E logo a seguir, aos 38, o português fez o “hat-trick”. Minhotos em maus lençóis.
  • Tremenda primeira parte do Benfica, perante um V. Guimarães que chegou ao intervalo completamente “abananado”. Três golos, todos do mesmo jogador, um golo anulado, um penálti desperdiçado, esta é a história da “águia” antes do intervalo.
  • Muita posse de bola, 13 remates, incríveis oito enquadrados, 89% de eficácia de passe explicam a vantagem benfiquista no primeiro tempo, que teve em Pizzi a sua grande figura. O médio fez os três golos em quatro remates, registou 88% de eficácia de passe, 51 acções com bola e um GoalPoint Rating de 9.7.
  • O Benfica pausou o jogo no arranque do segundo tempo, com muitas trocas de bola, que garantiram 90% de eficácia de passe e impressionantes 78% de posse no primeiro quarto-de-hora da etapa complementar. Mesmo assim registou dois remates neste período, todos enquadrados, mantendo a elevada eficácia ofensiva.
  • O vitória tentava reagir, mas sem grande efeito inicial. Por volta dos 70 minutos, o Benfica registava 80% de posse de bola no segundo tempo, mesmo estando mais recolhido, a proteger-se fisicamente. Ao ponto de Rui Vitória retirar Ljubomir Fejsa para lançar Alfa Semedo. E esse momento acabou por ser importante na partida.
  • O Vitória aproveitou esse abrandamento benfiquista e reduziu aos 76 minutos, através de André André. E aos 81 fez o 3-2, por Guillermo Celis, a marcar à sua antiga equipa. O jogo estava relançado, graças à crença minhota e à capacidade de perceber que o Benfica descansou à sombra da vantagem. Nesta fase os vimaranenses registavam já cinco remates no segundo tempo, três enquadrados (3-3 das “águias”).
  • Porém, o Benfica colocou-se em sentido perante o susto e não mais permitiu remates aos vitorianos, segurando a vantagem mínima e os três pontos no primeiro jogo da primeira jornada da Liga.

O Homem do Jogo

Grande jogo de Pizzi, a lembrar o melhor do médio português ao serviço do Benfica, em especial em 2016/17. A primeira parte do brigantino ficou marcada pelos três golos que marcou, em quatro remates (todos enquadrados), chegando a ter um GoalPoint Rating de 9.8.

Contudo, o Benfica relaxou no segundo tempo e a própria exibição de Pizzi ressentiu-se, sem mais nenhum lance marcante na partida, pelo que terminou com um rating de 9.5. O jogador registou ainda 89% de eficácia de passe, 95 acções com bola (o máximo do jogo) e sete recuperações de posse.

Jogadores em foco

  • Douglas 7.9 – O melhor jogador do Vitória foi o guarda-redes Douglas. O brasileiro realizou oito defesas ao longo da partida, sendo uma delas na sequência de uma grande penalidade. Foi fundamental no pior período da sua equipa.
  • Eduardo Salvio 7.3 – Também o argentino mostrou que ainda consegue chegar a níveis perto do seu melhor. Salvio fez um grande jogo pelo lado direito, um autêntico pesadelo para Rafa Soares. No final registou seis remates, três deles enquadrados, fez dois passes para finalização, teve sucesso em duas de sete tentativas de dribles e somou cinco acções defensivas.
  • Álex Grimaldo 6.9 – O lateral-esquerdo voltou a estar em bom plano, em especial nas acções ofensivas. O espanhol rematou três vezes, fez uma assistência em três passes para finalização e somou 86 acções com bola.
  • André Almeida 6.6 – Mais um belo jogo de Almeida que, tal como Grimaldo, fez uma assistência em três passes para finalização, mas também somou 88 acções com bola e fez quatro intercepções.
  • Rafa Soares 4.0 – Este foi um jogo de pesadelo para o defesa-esquerdo vitoriano, que nunca conseguiu fazer face à inspiração de Salvio, e foi Rafa o autor da falta sobre o argentino que deu grande penalidade na primeira parte.

Resumo

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