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Benfica vs FC Porto | Bomba de Seferovic decide clássico

Miguel A. Lopes / Lusa

O Benfica regressou ao topo da tabela, em igualdade pontual com o SC Braga, após vencer o FC Porto por 1-0, no jogo grande da sétima jornada.

Numa partida com muita intensidade, mas sem sempre a melhor qualidade, com demasiadas faltas (44) e excessivos passes errados, acabou por ser um remate certeiro de Seferovic, aos 61 minutos, a fazer a diferença, num dos três únicos disparos enquadrados da partida.

A expulsão de Lema, aos 82 minutos, ainda deu um novo alento aos “dragões”, mas os homens de Sérgio Conceição não conseguiram aproveitar a vantagem numérica, chegando ao final da partida com apenas um remate à baliza – logo aos seis minutos da partida.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida com mais intensidade do que qualidade, como muitos esperariam. O FC Porto deixou a primeira ameaça, com um remate de Soares à baliza logo ao sexto minuto, mas foi o Benfica que fez mais disparos no primeiro quarto-de-hora (2-1), embora sem nunca enquadrar a bola. Superioridade para os “encarnados” em termos de posse de bola (61%-39%) e ainda em eficácia de passe (78%-66%) neste período inaugural.
  • Ambas as equipas mostraram grandes dificuldades para chegar à área contrária nos primeiros 20 minutos do desafio. Lema foi o único jogador dos “encarnados” com um toque na bola na área do FC Porto, enquanto as quatro interacções dos “dragões” na área do Benfica pertenceram a Soares.
  • Contra todas as expectativas, Fejsa não foi capaz de impor-se no início da partida, vencendo apenas um de sete duelos disputados nos primeiros 25 minutos. O melhor do Benfica neste aspecto era o central Lema, com sete duelos ganhos em oito (cinco em seis nas alturas).
  • O Benfica chegou aos 40 minutos do desafio sem um único remate enquadrado, enquanto o FC Porto não ameaçava a baliza defendida por Vlachodimos desde o disparo de Soares, ao minuto seis. Os laterais-esquerdos das duas equipas, Grimaldo e Alex Telles, davam nas vistas com dois passes para finalização – o máximo da partida até então.
  • Primeira parte de fraca qualidade, com baixa eficácia de passe, poucas situações de perigo e muitas, muitas faltas.
  • Embora não tenha ameaçado a baliza de Casillas uma única vez, o Benfica chegou ao intervalo “em vantagem” em diversas vertentes da partida, como posse de bola (57%-43%), eficácia na distribuição (78%-68%) e até número de disparos (5-4), com Gabriel e Grimaldo a repartirem a liderança nos GoalPoint Ratings, ambos com nota 5.8.
  • O lateral espanhol já levava dois passes para finalização e três acções defensivas, enquanto o médio brasileiro apenas falhara um de 23 passes e tinha ainda cinco recuperações de posse. Quanto ao FC Porto, o melhor era Herrera, 5.5, com um passe para finalização, dez duelos ganhos e dois desarmes.
  • Bom início de segunda parte do Benfica, coroado com o golo de Seferovic, aos 62 minutos, após assistência de cabeça de Pizzi. O remate certeiro do suíço, que ficou frente a frente com Casillas numa jogada rápida de contra-ataque, surgiu apenas dois minutos depois de Gabriel ter feito o primeiro disparo enquadrado das “águias”, obrigando o guardião espanhol a fazer uma bela defesa.
  • Exibição muito apagada de Marega, que chegou aos 70 minutos da partida com apenas duas acções com bola na área do Benfica, um remate, 50% de passes eficazes, 14 perdas de posse e sete duelos ganhos em 12 disputados.
  • A missão do Benfica acabou por ficar mais complicada com a expulsão de Lema, que viu o segundo cartão amarelo aos 82 minutos. Até à sua saída, o central argentino liderava em alívios (quatro) e em duelos aéreos ganhos (seis em nove).
  • Alex Telles chegou aos 90 minutos do desafio com quatro ocasiões de remate criadas, mais do dobro de qualquer outro jogador em campo. Ainda assim, a partida não corria de feição para o lateral brasileiro, que apenas acertara dois dos nove passes que fizera no meio-campo adversário, o que significa que muito do perigo por ele criado estava ligado a situações de bola parada.

O Homem do Jogo

Mesmo sem ter tido influência directa no resultado, Grimaldo foi um jogador sempre em destaque na equipa do Benfica, tanto a atacar como a defender.

Para além de ter efectuado dois passes para finalização – o máximo da equipa “encarnada” -, o espanhol foi o melhor da partida em entregas correctas (37), acções com bola (92) e recuperações de posse (11).

Esteve ainda em destaque a defender, com quatro intercepções e cinco alívios, e foi feliz nos dois dribles que arriscou. Tudo somado, Grimaldo chegou ao final da partida com nota 6.9 nos  GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • Rúben Dias 6.7 – Venceu quatro dos seis duelos aéreos defensivos que disputou e somou 13 acções defensivas, entre elas cinco desarmes e outros tantos alívios. Dos seus dez passes longos, cinco foram bem-sucedidos. Um esteio.
  • Felipe 6.0 – O melhor da equipa portista. Venceu os três duelos aéreos defensivos em que esteve envolvido e somou oito intercepções – mais do que qualquer outro jogador. Fez dez passes longos, metade deles com a melhor direcção.
  • Danilo Pereira 5.5 – O “trinco” o jogador do FC Porto que mais vezes rematou (quatro), mas nenhuma delas à baliza. Disputou cinco duelos aéreos ofensivos, vencendo-os todos, mas a defender só se superiorizou em três de sete disputas pelo ar. Contabilizou cinco acções defensiva e três bloqueios de passe.
  • Fejsa 4.9 – Jogo atípico do sérvio, que venceu apenas duas de dez disputas pelo ar, cometeu duas faltas e somou apenas duas acções defensivas. Pela positiva, falhou somente um passe em 30.
  • Maxi Pereira 4.1 – O uruguaio teve a nota mais baixa da tarde. Acertou apenas 12 dos seus 21 passes, não foi feliz em nenhuma das suas duas tentativas em drible, perdeu a posse 15 vezes e foi o jogador de campo da sua equipa com menos duelos disputados, três, dos quais venceu dois. Fez um desarme, a sua única acção defensiva.

Resumo

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