Belmiro de Azevedo anunciou esta segunda-feira que vai abandonar o cargo de chairman da Sonae e sair de todos os órgãos sociais da empresa, de acordo com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
De acordo com o comunicado da CMVM, a Efanor Investimentos, a sociedade através da qual Belmiro de Azevedo exerce o controlo sobre o grupo Sonae, não irá propor o seu nome para a próxima administração, abrindo lugar à renovação.
“O Sr. Eng. Belmiro Mendes de Azevedo deliberou que não será candidato a integrar o Conselho de Administração desta sociedade, a eleger na próxima Assembleia Geral Anual, que se realizará no próximo dia 30 de abril”, lê-se no documento.
Paulo Azevedo, que em 2007 foi escolhido para administrador executivo da Sonae, foi o nome indicado para substituir o pai, acumulando assim os cargos de chairman (presidente não executivo) e CEO do grupo, cargo que repartirá com Ângelo Paupério (atual vice-presidente da Sonae SGPS) e que nos últimos anos liderou a Sonaecom (proprietária do jornal Público).
O comunicado assinala que esta solução de presidência executiva repartida visa “assegurar uma filosofia de continuidade da gestão da sociedade para o futuro, em coerência com aquela que sempre foi desenvolvida até este momento em concertação com os interesses estratégicos dos seus accionistas.”
Quando deixou a presidência executiva da Sonae SGPS, em 2007, Belmiro de Azevedo passou a dedicar mais tempo à Sonae Indústria, empresa que enfrentou uma grave crise de mercado e que foi obrigada a lançar uma profunda reestruturação de negócios.
Esta quarta-feira, quando se completam 50 anos desde a entrada do jovem engenheiro na então conhecida Sociedade Nacional de Estratificados, em 1965, Belmiro de Azevedo vai anunciar ao grupo a sua decisão na festa que assinala a efeméride, na sede da Maia, onde também partilhará os seus planos para o futuro.
ZAP
