Pela primeira vez, Lagarde admite corte nos juros (e afasta Portugal da Alemanha)

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“Diria que é provável”, comentou a presidente Christine Lagarde, numa entrevista em que mencionou Portugal.

As taxas de juro diretoras na Europa subiram ao longo de meses e meses consecutivos, desde que a guerra na Ucrânia começou.

Entretanto o cenário mudou e 2023 fechou com taxas de juro inalteradas, em duas reuniões consecutivas do Banco Central Europeu (BCE).

Agora, pela primeira vez, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, admitiu que poderá haver reduções nas taxas de juro diretoras no verão, mas assinalou que eventuais decisões dependem da evolução de alguns indicadores.

“Diria que é provável”, afirmou a responsável do BCE em entrevista à Bloomberg, em Davos, na Suíça, depois de ter sido questionada sobre uma possível descida das taxas de juro, mas apontando, no entanto, que tem “de ser reservada” nesta matéria.

“Tenho de ser reservada, porque também estamos dependentes de dados e ainda há um certo nível de incerteza e alguns indicadores ainda não estão ao nível que gostaríamos de os ver”, acrescentou a responsável.

A resposta de Lagarde surge na véspera do começo do chamado período de silêncio que antecede as reuniões de política monetária, agendadas para 25 janeiro.

No passado dia 11, Lagarde tinha apontado que as taxas de juro na zona euro já deveriam ter atingido o seu pico, depois de subidas motivadas pela elevada inflação no ano passado.

Mesmo assim, é melhor ter cautela, repetiu: “Acho que o risco seria se avançássemos demasiado depressa e tivéssemos de voltar a apertar, pois isso seria desperdiçar todos os esforços que todos têm feito ao longo dos últimos 15 meses”.

Nesta entrevista, a líder do BCE lembrou: “Geralmente chegamos às decisões que tomamos com base nos dados”.

E mencionou Portugal: “Se olharmos para Portugal e se olharmos para a Alemanha, vai ser diferente, obviamente”.

A taxa de depósitos do BCE permanece em 4%, o nível mais alto registado desde o lançamento da moeda única em 1999, enquanto a principal taxa de juro de refinanciamento fica em 4,5% e a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,75%.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Vai falando e compara Prtugale Alemanha !
    É que até parece que a maior economia europ+eia anda vento à popa ! Um dia destes temos a EU em recessão e com
    uma crise instalada devido ao que está a acontecer na Alemanha. Costuma dizer que quanto maior somos maior a queda !

  2. Esta tonta que anda consoante o vento sem qualquer capacidade de antecipação ou visão do futuro, atira com previsões consoante os interesses políticos de Alemanha ou França.

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