Santander é o primeiro grande banco a anunciar aumento das taxas de juro em depósitos a prazo com remunerações – até um máximo de 2%.
As taxas de juro têm aumentado consecutivamente nos créditos bancários. Mas o mesmo não tem acontecido nos depósitos.
Ou seja, na sequência dos sucessivos aumentos no Banco Central Europeu, aumenta o valor que o banco recebe, mas não aumenta o valor que o banco paga ao cliente.
“Temos de ter paciência, mas não podemos deixar de fazer pressão” – foi a reacção de Mário Centeno, governador do Banco de Portugal.
Alguns bancos têm tentado cativar clientes, com ofertas mais atraentes, subindo as taxas de juro nos depósitos a prazo com remunerações.
Mas isso tem acontecido essencialmente entre os bancos mais pequenos. Entre os maiores bancos a operar em Portugal, nenhum tinha subido consideravelmente as taxas de juro nos depósitos.
O Santander vai quebrar essa tendência, informa nesta quinta-feira o Jornal de Negócios.
O primeiro grande banco a subir os juros dos depósitos terá, a partir de 1 de Março, uma taxa de 2% em depósitos a partir de 500 euros.
Há cinco novos produtos de depósitos virados para pequenas poupanças, todos com uma remuneração máxima de 2%.
O produto Pequena Poupança vai ter uma taxa de 2% para subscrições entre 500 e 2.500 euros. É dirigido a todos os clientes particulares com recursos inferiores a 10 mil euros.
A Poupança Jovem, para menores de idade, também terão juro de 2%.
Estas novas ofertas reflectem a “alteração das condições de mercado e a intenção do banco em promover a poupança dos seus clientes”, indicou fonte do banco espanhol.
Há duas semanas, o director-executivo do banco Santander Totta, Pedro Castro e Almeida, havia desvalorizado o facto de o seu banco não subir os juros dos depósitos. “Olhem para os certificados de aforro”, sugeriu.
Certificados de aforro = Acima de 3%
ENTÂO?