O quadro de trabalhadores dos seis maiores bancos que operam em Portugal caiu quase 10% em relação ao ano passado. A Caixa-Geral de Depósitos foi a única instituição bancária a registar subidas nos custos com o pessoal.
Os seis maiores bancos (Caixa-Geral de Depósitos, Millenium BCP, BPI, Novo Banco, Santander, Montepio) que operam em Portugal fecharam o primeiro trimestre de 2022 com lucros conjuntos superiores a 600 milhões de euros, mais do dobro dos números conseguidos na mesma altura do ano passado, revela o Público.
Este aumento é explicado, em parte, pelo corte nos custos com o pessoal. As instituições bancárias cortaram a força de trabalho em quase 10% em comparação com o ano passado, tendo três mil trabalhadores perdido o emprego.
Os custos gerais com pessoal chegaram aos 506 milhões de euros, um valor próximo do do ano passado, mas esse valor deve-se ao aumento de custos com a CGD. Sem a Caixa-Geral de Depósitos, os custos caíram, em média, 7,5% e no Santander a quebra chegou mesmo perto dos 20%.
Os seis maiores bancos empregam 29 436 trabalhadores atualmente, o que se traduz numa quebra de 9% e menos 2914 funcionários em relação ao ano passado. No total, há 2213 agências bancárias abertas, menos 10% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Isto significa que 244 balcões fecharam portas no último ano.
O único banco cujos lucros não subiram foi o BPI, onde os ganhos caíram 19%. O Santander foi o que teve subidas maiores, com lucros de 155 milhões, o triplo do valor registado no ano passado.
A margem financeira também melhorou e aumentou mais de 10% para os seis bancos. As receitas com as comissões aumentaram 15% e chegaram aos 605 milhões de euros.
Suspeito…