Depois de ter estado reunido por teleconferência com representantes da banca, Marcelo Rebelo de Sousa falou aos portugueses, a partir do Palácio de Belém, para dizer que saiu com um “estado de espírito motivado por ouvir o que cada um disse que estava e tenciona fazer”.
Na tarde desta segunda-feira, e depois de ter estado reunido com representantes da banca, o Presidente da República falou ao país para dizer que saiu deste encontro por teleconferência “com a sensação de que a banca portuguesa está a acompanhar de forma muito atenta a realidade do nosso país”.
Além de ter acolhido as iniciativas do Governo, a banca tomou as suas próprias medidas, “iniciativas próprias completando medidas aprovadas pelo Governo“, fez saber Marcelo Rebelo de Sousa.
“Retive algumas ideias que sei que o Governo já conhece. São ideias da banca que se completam com as do governo. A conversa foi muito útil porque foi muito concreta, teve sugestões concretas na vida dos portugueses”, seja a nível fiscal ou de financiamento das empresas, apontou.
Apesar de não entrar em detalhes em relação às medidas adotadas, Marcelo adiantou que amanhã, terça-feira, vai reunir-se com a Associação Portuguesa dos Bancos e com o Governador do Banco de Portugal (BdP).
Em relação à execução das medidas decididas pelo Governo, o Presidente disse que a banca “já começou os processos para colocar no terreno o financiamento previsto nessas medidas”, ainda que esse processo “demore tempo”. “Mesmo assim, em casos que foram expostos, ou já chegou ou vai chegar nos próximos dias e semanas, progressivamente, às empresas portuguesas”, sublinhou.
Questionado pelos jornalistas sobre se a banca tem capacidade para, depois de uma crise financeira que não tem muitos anos, responder às necessidades da economia, Marcelo diz que lhe foi dito que “a situação da banca pode merecer confiança dos portugueses”.
Munido dos exemplos do mês de março – quer pela forma como os portugueses recorreram a moratórias, quer a nível de poupança -, Marcelo disse que “há uma grande maturidade dos portugueses” em relação à forma como estão a gerir uma situação que é nova.
De acordo com a Presidência da República, participaram neste encontro Paulo Macedo e Rui Vilar, da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Nuno Amado e Miguel Maya, do Millennium BCP, Pedro Castro e Almeida e José Carlos Sitima, do Santander Totta, Pablo Forero e Fernando Ulrich, BPI, e António Ramalho, do Novo Banco.