O avião Solar Impulse II, movido 100% a energia captada do Sol, aterrou este domingo na cidade de Mountain View, na Califórnia, nos Estados Unidos, depois de atravessar o Oceano Pacífico.
O Solar Impulse II completou assim a etapa mais perigosa da sua tentativa de ser a primeira aeronave sem combustível ou emissão de poluentes a dar a volta ao mundo.
De acordo com uma nota publicada no site do projecto Solar Impulse, o avião aterrou às 6h45 GMT, depois de sobrevoar a Baía de São Francisco e a Ponte Golden Gate,
O aparelho, pilotado por Bertrand Piccard e André Borschberg, realizou um voo de três dias e três noites a partir do Havaí, num um percurso de 4.528 quilómetros.
Segundo a agência EFE, a jornada sofreu um grande percalço na chegada ao Havaí, onde a aeronave teve de ficar por quase 300 dias para solucionar as avarias surgidas no longo voo feito do Japão ao arquipélago.
O avião solar tinha partido da cidade japonesa de Nagóia a 28 de junho do ano passado e realizou um voo recorde, durante cinco dias e noites, num total de quase 118 horas e 8.900 quilómetros, até à ilha americana do Havaí.
A dureza do voo e das condições atmosféricas danificaram as baterias e a equipa aproveitou a paragem no Havaí para as reparar, incorporar tecnologia melhorada e realizar vários testes.
A ideia do Solar Impulse é sensibilizar e convencer os governos do mundo inteiro a optar por soluções tecnológicas que permitam preservar o meio ambiente.
O Solar Impulse 2 está equipado com 17 mil células fotovoltaicas e baterias recarregáveis de lítio, que permitem que voe à noite, e alcança velocidades que variam entre os 50 e 100 quilómetros por hora.
As suas asas têm 72 metros de envergadura – pouco maior que a de um Boeing 747 – e pesa cerca de 2.3 toneladas, o equivalente a um automóvel ligeiro.
Está agora previsto que a aeronave siga para Nova York, de onde prosseguirá viagem para a Europa, norte da África e finalmente Abu Dhabi, onde a viagem começou, em março do ano passado
ZAP