Autarcas com processos judiciais são reeleitos, mas perdem votos

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A pesquisa concluiu que os casos afastam os eleitores que não são leais a nenhum partido, o que diminui a margem de vitória. No entanto, os eleitores fieis a um partido garantem a reeleição dos autarcas com processos na justiça.

De acordo com um estudo da Universidade do Minho, desde 2009 que há uma tendência para os autarcas com processos judiciais serem reeleitos, apesar de terem uma margem de vitória mais curta.

A pesquisa teve em conta mais de 300 crimes e 41 acusações, sendo que a grande maioria (168) diz respeito ao mandato entre 2017 e 2021. A maioria dos crimes em causa são de prevaricação, abuso de poder e corrupção.

Sendo os partidos com mais representação local, PS e PSD são os líderes na lista de autarcas com processos judiciais, com os socialistas a contabilizar 39 e os sociais-democratas a contar com 33, escreve o JN. O CDS tem ainda quatro casos, o PCP tem dois e o Bloco de Esquerda tem um.

Ter os processos em aberto no momento da eleição aumenta a abstenção, mas caso estes já estejam arquivados, a participação dos eleitores sobe, o que indica que o eleitorado é sensível a este fator.

No entanto, este aumento da abstenção não se traduz num impacto negativo nas probabilidades de reeleição para os autarcas. A margem de vitória é menor, mas só quando há muitos processos judiciais abertos.

“Os processos judiciais afastam os eleitores do ato eleitoral. Como isso não prejudica a reeleição, podemos inferir que, muito provavelmente, o eleitor que se afasta é aquele sem partido, e os mais partidários asseguram a vitória do incumbente”, concluem os investigadores.

ZAP //

1 Comment

  1. Idoneidade , para alguns cargos não se aplica a todas as Situações ! . Nestes casos só posso qualificar este critério como de uma pouca vergonha de Justiça , en que os corruptos tem mãos livres !

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