Ex-autarca de Montalegre suspeito de usar fundos europeus para pagar as obras em sua casa

3

Município de Montalegre / Facebook

O ex-presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves

Orlando Alves é ainda suspeito de favorecer as empresas de familiares num esquema de contratos públicos viciados.

Orlando Alves, ex-autarca de Montalegre eleito pelo PS, está envolvido num escândalo de corrupção e fraude que beneficiou empresas de familiares, causando um prejuízo substancial ao Município de Montalegre.

Entre 2014 e 2022, as empresas do irmão e dois sobrinhos de Alves lucraram mais de um milhão de euros em contratos públicos manipulados. O ex-presidente, juntamente com outros cúmplices, incluindo o ex-vice-presidente David Teixeira e o chefe do gabinete da Divisão de Obras Municipais, José Pereira, terá implementado um esquema de viciação de concursos, optando frequentemente por ajustes diretos ou procedimentos simplificados, favorecendo as empresas dos amigos e familiares.

Orlando Alves, agora com 71 anos, e os seus cúmplices, são acusados de uma série de crimes incluindo associação criminosa, prevaricação, participação económica em negócio, branqueamento e falsificação de documento. Ao todo, o processo tem 60 arguidos, sendo 19 empresas, refere o Correio da Manhã.

O esquema não se limitou apenas à manipulação de contratos públicos. Alves também é acusado de fraude na obtenção de subsídios europeus, utilizando 167 mil euros em fundos do programa Proder para pagar as obras na casa da sua família. O Ministério Público alega que Alves orquestrou um plano com a filha para se apropriar indevidamente destes fundos.

Durante o período investigado, a Câmara de Montalegre publicitou a realização de 1375 contratos, no valor total superior a 65 milhões de euros. O ajuste direto foi utilizado em 955 destes contratos, representando um total de 29 milhões de euros e demonstrando a extensão do esquema.

Além de Orlando Alves, a sua filha e irmão também estão entre os acusados, enfrentando acusações de obtenção de subsídio ou subvenção e branqueamento. O MP solicitou que os principais arguidos sejam condenados à pena acessória de proibição de exercício de funções.

Após ser detido pela PJ em outubro do ano passado e ter passado um período em prisão preventiva, Orlando Alves agora reside numa quinta de luxo em Viseu. Os seus cúmplices, David Teixeira e José Pereira, estão em liberdade, após terem pago cauções substanciais, e estão proibidos de contactar os outros arguidos.

ZAP //

3 Comments

  1. O Universo Pulhitico en Portugal , está repleto de Inocentes cheios de boas intenções , e em contra partida o Povo está repleto de uma maioria de Inertes e uma minoria de Ativos que sustentam os dois extremos !

  2. Se se candidatar outra vez ganha. Ninguém aposte que perde. O bicho tuga só consegue ver o próprio umbigo. Visão de futuro só se encontra no estrangeiro.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.