A auditoria especial da Deloitte ao Novo Banco vai custar cerca de três milhões de euros, segundo avança o jornal ECO. Este valor é três vezes superior ao custo da auditoria da EY à Caixa Geral de Depósitos (CGD) em 2017.
Há várias semanas que uma equipa da Deloitte está no Novo Banco a analisar os atos de gestão na instituição financeira nos últimos 18 anos. A equipa tem mais de quatro dezenas de técnicos da auditora que estão a analisar operações de crédito, incluindo concessão, garantias, reestruturações ou perdões de dívida, decisões de investimento ou desinvestimento realizadas em Portugal e no estrangeiro e ainda decisões de compra e venda de ativos, como determina a lei 15/2019, a lei dos grandes devedores, que desencadeou o processo.
Há 100 créditos tóxicos na mira: 50 créditos maus no perímetro do mecanismo de capital contingente que obriga o Fundo de Resolução a injetar dinheiro no Novo Banco sempre que acionado; e 50 créditos que tinham sido identificados pelo Fundo de Resolução como devedores relevantes.
Os auditores terão de fazer a análise à luz do normativo interno na altura da decisão. De acordo com o jornal ECO, estão em causa mais de três mil regras internas que foram mudando ao longo do tempo e que a Deloitte terá de ter em conta para aferir a qualidade de uma decisão a determinado momento.
A auditoria, que estará concluída em maio, vai compreender os atos de gestão no período do BES, que foi alvo de uma medida de resolução em agosto de 2014, e do Novo Banco, até 2018, incluindo as gestões desde Ricardo Salgado até António Ramalho.
A auditoria surge na sequência da lei que obriga à realização de uma auditoria especial quando há uma operação de capitalização de uma instituição de crédito com recurso a fundos públicos. O Novo Banco pediu, no ano passado, 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução através do mecanismo de capital contingente, uma “garantia pública” criada em outubro de 2017.
A escolha do Banco de Portugal para realizar a auditoria ao Novo Banco recaiu sobre a Deloitte, o que acabou por reduzir o poder negocial na contratação de uma empresa de auditoria para realizar o trabalho.
Na auditoria da CGD, os trabalhos ficaram a cargo da EY, que analisou 200 devedores e outras operações de investimento desde 2000 até 2015. Custou um milhão de euros.
De acordo com a lei, se o Tesouro voltar a emprestar ao Fundo de Resolução para injetar no banco, terá de haver nova auditoria. O Orçamento do Estado prevê 600 milhões. Porém, o Novo Banco prepara-se para pedir nova injeção de capital ao Fundo de Resolução. Desta vez, o montante deverá rondar os mil milhões de euros.
Vergonha….Vergonha…vergonha…verg….
Fechem este banco imediatamente. Os credores que se cheguem a frente. Se os credores perderem santa paciência. Faz parte do risco de investidor. A ilegalidade do fundo de resolução a pagar o problema de Bruxelas e o problema dos credores. Fechem esta empresa comercial. O fundo de resolução não ajuda empresas comerciais do Zé povinho em Portugal…so ajuda a banca e afins. Não existe ninguém no nosso governo ou parlamentares que tem o aval do povo para continuar esta sangria. Fechem hoje mesmo e façam uma investigação e prendam que tem a prender.. Tenham coragem e olhem para a Islandia.