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Atendimento digital vai ser realidade em Trás-os-Montes

Joel Bombardier / Flickr

foto: Joel Bombardier / Flickr

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O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes afirmou hoje que os autarcas da região estão dispostos a aceitar a criação de espaços de atendimento digital desde que isso não contribua para o encerramento de mais serviços públicos.

Segundo Américo Pereira, o secretário de Estado da Modernização Administrativa reuniu-se recentemente com os nove presidentes dos municípios da CIM de Trás-os-Montes para lhes propor um novo modelo de atendimento aos cidadãos que o Governo pretende implementar por todo o país.

De acordo ainda com o presidente da CIM, que é também autarca de Vinhais, eleito pelo PS, a proposta consiste na criação do chamado “Espaço do Cidadão” com atendimento público através do conceito de atendimento digital assistido.

Trata-se de um projeto que visa criar um espaço físico, em parceria com as câmaras municipais, instalando ‘software’ e dando formação a dois funcionários para que os cidadãos possam ter acesso a toda a informação dos serviços do Estado, através de um assistente.

A ideia é apresentada como pretendendo “alargar a oferta do Estado e aproximá-la das pessoas em tempo real”.

“Penso que, dentro daquilo que foi a opinião manifestada por todos os autarcas da CIM, todos estaremos dispostos a aceitar uma medida destas”, afirmou o presidente da comunidade intermunicipal composta pelos municípios de Vinhais, Bragança, Alfândega da Fé, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vila Flor e Vimioso.

No entanto, os autarcas “têm uma reserva que é: até que ponto uma medida desta natureza poderá contribuir, ou não, para aquilo que tem sido esta cruzada de encerramento de serviços no Nordeste Transmontano”.

Para já, Américo Pereira, que tem sido um dos autarcas da região mais contestatários das políticas de encerramento de serviços públicos, está convencido de que “não será essa a intenção” do Governo.

“Desta vez, quero crer que não é isso que está por trás. Da maneira como o serviço é apresentado, não nos parece que, só por si, seja potenciador desse perigo, o que não quer dizer que no futuro esse e outros motivos não venham a estar na base do encerramento de mais algum serviço. Mas, só por si, neste momento, não me parece”, declarou à Lusa.

Segundo disse, este novo espaço é “mais informativo do que propriamente para prestação de serviços”, porém permitirá aos cidadãos executar ali “pequenos serviços como a renovação da carta de condução”.

Para o presidente da CIM Trás-os-Montes, “o fundamental é disponibilizar a informação que hoje existe e que as pessoas não conseguem colher porque não têm os conhecimentos necessários, nem sabem lidar com os meios informáticos”.

“Por isso tem que haver um assistente que nos ajude”, concluiu.

/Lusa

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