Até que a morte os separe. Sete animais que têm um parceiro para a vida toda

Uns são ciumentos e introvertidos, outros estão juntos por necessidade e alguns até estão literalmente unidos, como um só. O que os une é a monogamia.

Apesar da crença geral de que a monogamia é rara entre as espécies animais, muitos deles são, na verdade, “fiéis” para toda a vida.

Serão cerca de 3 a 5% das espécies de mamíferos — à parte dos humanos — que formam tais relações e mesmo assim há fatores externos relacionados com a sobrevivência, lutas territoriais ou com a reprodução que afetam essa percentagem.

Aqui fica a lista da BBC de sete espécies que abraçam a monogamia (e não, os pinguins não estão na lista, uma vez que a maioria das espécies só mantêm o mesmo parceiro durante a época de acasalamento).

Bonnie & Clyde da alcateia

Em alcateias de lobos cinzentos, apenas o macho e a fêmea alfa têm permissão para acasalar e formam um forte vínculo de forma a manterem o seu estatuto como líderes do grupo.

Esta união bem assente ajuda-os a defenderem-se mais eficientemente de outros lobos, estabelecendo assim, também, a sua dominância.

Necessidade, não romance

Ao contrário dos seus “compadres” norte-americanos, os castores-europeus são monógamos e adotam uma abordagem de compartilha.

Mais por necessidade do que por romance, formam parcerias para toda a vida e assim conseguem dividir tarefas de forma mais eficaz, aumentando as suas hipóteses de sobrevivência.

Música para criar ambiente

Os gibões usam a música para cimentar o seu vínculo. Emparelhados, criam um dueto único, combinando chamadas individuais de acasalamento numa performance harmoniosa que se torna essencial para o relacionamento amoroso.

Este ritual vocal também impede o parceiro masculino de se afastar demasiado.

Todo o casamento tem altos e baixos

Os Peromyscus californicus (ou ratos da Califórnia) também unem laços para a vida. No entanto — e tal como todos os casais — os seus relacionamentos são marcados por fases mais atribuladas.

Um estudo exibiu alguma tensão no momento da reunião depois de uma separação, com cerca de metade dos casais observados a envolverem-se em “latidos zangados”. No entanto, aqueles que reataram rapidamente a relações amigáveis registaram maior probabilidade de criar filhos saudáveis.

Os introvertidos também precisam de amor

Os escincos-de-cauda-truncada são lagartos australianos e apesar de normalmente levarem vidas solitárias, retornam ao mesmo parceiro em cada época de acasalamento, promovendo um relacionamento exclusivo de longo prazo.

Esta estratégia de exclusividade romântica terá o objetivo de aumentar as chances de fertilização bem-sucedida.

Vermes inseparáveis (literalmente)

O Diplozoon paradoxum é um platelminto e um parasita e tem uma particularidade engraçada — o verme literalmente une-se com o seu parceiro e juntos tornam-se num só corpo para a vida, num processo que não só facilita a fertilização cruzada mas também estende a sua expectativa de vida.

“Ai de ti que traias”

Os urubus-pretos adotam uma abordagem comunitária para fazer cumprir a monogamia. Se um parceiro é apanhado a trair em público, o bando ataca-o, obrigando a ave infiel a regressar ao ninho. Um comportamento que serve como um forte dissuasor contra a infidelidade.

Tal como acontece com os humanos, cada espécie tem suas maneiras únicas de fazer cumprir e celebrar estas manifestações.

Tomás Guimarães, ZAP //

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