Até uma guerra nuclear mais limitada, isto é, num território regional específico, poderia devastar o sistema alimentar global, alertou um novo estudo.
De acordo com a investigação, cujos resultados foram recentemente publicados na revista PNAS, uma guerra nuclear “regional” representaria um perigo para o sistema alimentar mundial, uma vez que este evento levaria a um arrefecimento das temperaturas que, por sua vez, reduziria substancialmente a produção agrícola global.
O estudo, baseado em simulações computorizadas, avaliou os impactos de uma guerra nuclear limitada na segurança alimentar mundial, incluindo as respostas comerciais.
Os cientistas acreditam que a queda repentina das temperaturas desencadearia um choque sem precedentes para o sistema alimentar, escreve a agência Europa Press.
Contudo, o fenómeno não alteraria a trajetória das alterações climáticas causadas pela utilização dos combustíveis fósseis a longo prazo, uma vez que, aproximadamente uma década após o arrefecimento, o aquecimento global voltaria a aumentar.
“Agora sabemos que um conflito nuclear não seria apenas uma tragédia horrível na região onde ocorre, mas que também é um risco subestimado à segurança alimentar global”, disse Jonas Jaegermeyr, cientista da Universidade de Chicago, nos EUA, e líder do estudo.
“Encontramos perdas severas na produção agrícola, mas o mais importante é que também avaliemos as repercussões comerciais que afetam a disponibilidade local de alimentos (…) As principais regiões produtoras de grãos e cereais cortariam as exportações, deixando os países em todo o mundo sem suprimentos. Uma crise regional tonar-se-ia global, porque todos dependemos do mesmo sistema global”, rematou.
Estes cientistas deveriam estudar filosofia para ver se adquirem raciocínio lógico, que é base fundamental do próprio método científico. É impressionante as conclusões sem nexo e até contraditórias