Presidente da Ucrânia e primeiro-ministro da Grécia estavam no porto que foi atacado. O alvo seria mesmo Zelenskyy.
O exército russo atacou Odessa, no momento em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, visitavam este importante porto do sul da Ucrânia, causando “mortos e feridos”, segundo o chefe de Estado.
“Hoje assistimos a este ataque. Sei que houve vítimas. Há mortos e feridos”, afirmou o Presidente ucraniano, sem dar mais pormenores, durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro grego, segundo a agência Ukrinform.
O jornal grego Ekathimerini indica que Zelenskyy e Mitsotakis estavam a cerca de 200 metros do local do ataque.
De acordo com o mesmo jornal, o alvo deste ataque da Rússia seria mesmo o presidente da Ucrânia.
Os russos “não querem saber onde atacam”, acrescentou Zelenskyy, que se desloca frequentemente pelo país apesar das ameaças de ataque.
“No final [da visita às instalações portuárias], ouvimos o som de sirenes antiaéreas e explosões muito perto de nós. Não tivemos tempo para nos abrigarmos“, disse Mitsotakis, após o bombardeamento, descrevendo-o como “uma experiência impressionante“.
O porto de Odessa é vital para as exportações ucranianas de cereais através do Mar Negro.
Segundo Mitsotakis, Zelenskyy explicou os esforços que estão a ser feitos “para restaurar e reforçar a rota marítima ucraniana”, que permitiu a exportação de 28 milhões de toneladas de cereais desde o fim do acordo comercial com a Rússia, em julho de 2023.
Em agosto do ano passado, Kiev anunciou unilateralmente a criação de uma rota para exportar os seus cereais, apesar das ameaças russas de retaliação contra os navios que entram e saem dos portos ucranianos.
O primeiro-ministro grego salientou que “esta guerra afeta toda a gente e não poupa ninguém”.
Os dois dirigentes participaram numa cerimónia de homenagem às 12 vítimas, incluindo cinco crianças, do recente ataque russo a uma zona residencial de Odessa, no passado fim de semana.
A visita do primeiro-ministro grego a Odessa, a quarta maior cidade da Ucrânia, não foi anunciada oficialmente, como acontece com a maioria das visitas de líderes internacionais ao país, por razões de segurança.
ZAP // Lusa
Guerra na Ucrânia
-
2 Dezembro, 2024 Problema para a Ucrânia: 50 mil soldados desertaram neste ano
-
30 Novembro, 2024 Rússia já iniciou “guerra secreta” com Ocidente. Mapa mostra como
Se o alvo fosse Zelensky ele estaria morto. Mas a Rússia precisa de manter o Zelensky na presidência da Ucrânia, para ter a certeza de que a Ucrânia nunca vai querer uma paz negociada.