Assuntos fraturantes fora do acordo para a Aliança Democrática

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Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente do PSD, Luís Montenegro

Temas polémicos como a eutanásia estão fora do acordo provisório para a aliança pré-eleitoral entre o PSD e o CDS.

O acordo para a coligação pré-eleitoral entre o PSD e o CDS, ainda numa fase inicial, exclui temas controversos como a eutanásia, sobre os quais os partidos têm posições divergentes.

Anunciada na semana passada, a coligação tem como objetivo unir forças e apresentar uma frente comum, aberta à inclusão de independentes. Contudo, o processo ainda carece de acertos, incluindo a definição de lugares nas listas eleitorais e a elaboração de um programa eleitoral conjunto.

No próximo dia 4, os Conselhos Nacionais de ambos os partidos vão reunir-se para formalizar a aliança pré-eleitoral. Posteriormente, espera-se a formação de uma comissão executiva conjunta que irá conciliar as prioridades programáticas de ambos os partidos num documento consensual.

Os líderes partidários indicaram que o programa eleitoral conjunto evitará temas polémicos, como a legalização da eutanásia, onde o PSD e o CDS têm visões distintas, revela o Expresso.

O CDS opõe-se firmemente à eutanásia, considerando-a uma questão identitária inegociável. Por outro lado, o PSD tem permitido liberdade de voto sobre o assunto, e o seu atual líder, Luís Montenegro, defendeu a realização de um referendo sobre a matéria.

A exclusão de temas divisivos visa facilitar o consenso e a coesão dentro da coligação. Ainda não houve oposição pública significativa a esta estratégia de coligação, embora alguns membros do PSD que anteriormente defendiam uma candidatura independente agora adotem uma postura mais reservada.

O CDS espera garantir três lugares seguros nas listas eleitorais, e até agora, não surgiram grandes controvérsias internas. Apesar da aliança e da estratégia conjunta, alguns dirigentes e ex-dirigentes partidários expressam ceticismo quanto à eficácia desta coligação em alcançar o poder, sugerindo que mesmo com o apoio do CDS, o PSD terá de intensificar os seus esforços para garantir um resultado eleitoral favorável.

ZAP //

3 Comments

  1. Se fosse só este o tema fracturante… Propostas que é bom tá quieto! Depois das eleições a gente conversa! E o povo iludido não aprende nada com o passado, do qual é exemplo o passista que nos roubou tudo e mais alguma coisa!

  2. A austeridade que o Passos aplicou deveu-se ao facto de Portugal estar na falência e a única alternativa, a da esquerda (BE e PCP), era declarar unilateralmente não pagar a dívida, o que colocaria Portugal fora do euro, com uma inflação galopante que reduziria o poder de compra dos salários e das pensões muito mais do que a austeridade reduziu. Quem acha que a naquelas circunstâncias de 2011 a austeridade foi má devia ir viver para a Venezuela ver o que era a alternativa
    E quem é que pôs Portugal na falência, com deficits sucessivos e aumento da dívida pública? Isso não foi feito de um momento para o outro, foi feito ao longo de anos pelo Governo PS (Sócrates) com o apoio do BE e do PCP. Os banqueiros corruptos também contribuiram, mas muito menos que os partidos da geringonça.
    Caro José, se não quer a austeridade, tem de lutar contra as causas, em vez de protestar contra as consequências.

  3. Os ditos “assuntos fraturantes” que possam dividir a Sociedade , resolvem-se com Referendos , Eutanásia ?????….Tabu ! ….mas Óbitos por falta de cuidados Médicos atempados e com qualidade , chama-se o quê ?

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