Os cerca de 630 mil associados e pensionistas da Associação Mutualista Montepio Geral correm o risco de virem a ser chamados para resolver as perdas da instituição financeira, escreve o jornal Público.
De acordo com o diário, que avança a notícia esta sexta-feira, os associados correm o risco de ver cortados em cerca de 30% os benefícios a que têm direito ou de assumir um aumento das quotas para reporem o equilíbrio financeiro do Montepio.
Ambos os cenários servem para compensar as perdas da instituição que podem ascender aos 900 milhões de euros, segundo as últimas previsões.
Tal como recorda o diário, as fragilidades do Montepio são conhecidas: o balanço da mutualista foi artificialmente engordado em 850 milhões de euros, mas deixou o problema estrutural por resolver – o que pode acabar por abrir a porta a uma eventual injeção de fundos com a eventual participação da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
A entrada do banco público na equação tem estado em discussão, segundo conta o público, que dá conta que a eventual associação da CGD implicaria uma intervenção na gestão ou a convocação de eleições.
O Conselho Geral do Montepio reúne-se esta sexta-feira pela primeira vez desde que Tomás Correia renunciou à presidência executiva, cargo que ocupava desde 2008, tal como recorda o mesmo matutino.
A sua saída surgiu na sequência de um aviso que dava conta que a Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF) não lhe daria o registo de idoneidade para se manter como principal executivo da maior instituição da economia social, tutelada pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social.