50 mil euros em 4 dias: secretário de Estado cobrou fortuna por assessoria

11

(dr) Governo de Portugal

Marco Capitão Ferreira, secretário de Estado da Defesa

Serviços de Marco Capitão Ferreira estavam relacionados com a gestão dos contratos de manutenção de helicópteros.

Marco Capitão Ferreira é secretário de Estado da Defesa Nacional desde Março do ano passado. Passou a exercer o cargo depois das eleições legislativas de Janeiro de 2022.

O professor universitário, formado em Ciências Jurídico-Económicas, foi jurisconsulto nas suas áreas de especialidade entre 2012 e 2019.

Precisamente em 2019, no dia 25 de Março, assinou um contrato com a Direção-Geral de Recurso da Defesa Nacional.

Ficou responsável por fazer assessoria na gestão dos contratos de manutenção de helicópteros EH-101, utilizados em busca e salvamento, e em evacuações médicas.

Em 2001, o Estado comprou 10 desses helicópteros, por 244 milhões de euros – mas a manutenção dos veículos não estava incluída nesse contrato inicial.

O contrato previa que a tarefa durasse dois meses – mas, ao fim de quatro dias, o serviço ficou completo.

Por esse serviço de assessoria, Marco Capitão Ferreira recebeu 50 mil euros mais IVA, noticia o Correio da Manhã.

Marco Capitão Ferreira confirmou o serviço e que o envio do processo, que finalizou a tarefa, aconteceu no dia 29 de Março de 2019. O pagamento pela prestação de serviços foi feito mais tarde.

Precisamente um mês depois, Marco passou a ser presidente da comissão liquidatária da Empordef, ex-‘holding’ do Estado para a Defesa.

Mas o secretário de Estado garante que não acumulou as duas funções, nessa altura.

ZAP //

11 Comments

  1. Já aqui comentei por diversas vezes. Um Estado “gordo” permite todo o tipo de esquemas e vigarices. Partindo do pressuposto que os políticos não são sérios (e penso que há mais do que provas desta afirmação) então quanto menor o Estado, menores as possibilidades de roubarem e montarem esquemas à custa do erário público. Votem em partidos que reduzam significativamente a carga fiscal. Apenas assim, poderemos reduzir a dimensão dos esquemas e roubos.

    • A IL diz que se for governo reduz a carga fiscal, mas porque reduz as funções do Estado.
      Reduz as funções para as entregar aos privados, leia-se! Educação, saúde, etc.
      E, por essa via, lá vamos ter também as negociatas, só que são mais ” liberais”, mas são negociatas na mesma.
      No fim aconteceria o que aconteceu à Liz Truss, cuja passagem efémera pelo nº 10 de Downing Street se deveu ao facto de ter prometido que ia cortar fortemente nos impostos. Quando lá chegou, bateu com a cabeça na parede da realidade e teve de se demitir.
      A IL começava por baixar o IRC e depois tinha de aumentar o IRS.
      Aliás, a IL defende para o IRS ( medida defendida publicamente por JCF nos debates) uma taxa ” flat” de 15%. Ou seja, paga 15% o que ganha o salário mínimo e pagam 15% também os detentores das maiores fortunas deste país.
      A bem da redistribuição da riqueza!

      • Como está é melhor. Pagamos todos uma brutalidade de impostos para a alegria de alguns amigos e membros do partido do governo. É de facto muito melhor.

      • Então, continua a pagar os impostos e cala-te! Não venhas para aqui queixar-te. Paga e cala!

  2. Mas os portugueses parece que gostam de ser roubados. Poucos reclamam nos serviços públicos ou privados. . Pouca gente pede faturas, parece que tem vergonha de ofender o “dono restaurante, da padaria, etc, etc e assim o IVA fica no bolso deles.
    Enquanto uma grande parte dos Tugas pensar assim Portugal não vai avançar. Acordem Tugas!!! Não tenham medo de “falar”.

    • Pois é verdade Não pedem factura não só para o IVE ficar no bolso dos comerciantes, mas tambem porque se pedissem factura com NIF talvez fossem obrigados a justificar como podem gastar tanto, tendo um rendimento tão baixo….

  3. Pediram orçamento? Não sabem que este fulanos “são caros”? E será que fez um trabalho bem Feito? Se não, podem reclamar.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.