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Maior assalto de sempre em Braga rendeu 10 milhões. Lesados vão processar Santander

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Mário Cruz / Lusa

Os clientes lesados pelo assalto a uma dependência do Banco Santander pretendem processar o banco. O gangue aproveitou as obras que decorriam para roubar 58 cofres.

O maior assalto alguma vez registado em Braga aconteceu na noite de São João mas ainda hoje dá que falar. Uma agência do banco Santander, na Avenida Central, que na altura se encontrava em obras, viu o conteúdo de 58 cofres individuais desaparecerem, tendo o crime rendido cerca de 10 milhões de euros.

Os lesados perderam bens como joias, relógios de colecionador, barras de ouro e dinheiro vivo e alguns deles só tomaram conhecimento de que o seu cofre tinha sido assaltado 20 dias depois. Os clientes do banco que saíram prejudicados desta situação acusam o banco de negligência.

Apesar de a responsabilidade do Santander ainda estar por apurar, há clientes que afirmam ter a informação de que a porta do cofre estaria aberta na noite do crime, acusando a instituição bancária de não ter precavido a possibilidade de um furto. Os lesado vão agora processar o banco, que não terá garantindo a cobertura dos prejuízos.

Ao Jornal de Notícias, um cliente, que pediu anonimato, confessou ter perdido cerca de 150 mil euros, “tudo faturado, documentado e fotografado”. Mas há quem tenha perdido “muito mais”, garante.

Fonte oficial da instituição bancária confirmou ao jornal diário que a instituição “não deixará de assumir as responsabilidades que sejam devidas na salvaguarda dos interesses dos seus clientes”.

No entanto, o problema agora reside na verificação da veracidade das declarações de valores dos clientes, dado que os depósitos nos cofres são feitos sem a presença de qualquer funcionário do banco e sem registo do valor depositado.

Os assaltantes foram detidos no início do mês pela GNR. O gangue em causa já tinha assaltado as casas do empresário Domingos Névoa e do cantor Delfim Júnior e é ainda suspeito de ter roubado 300 mil euros em peças de ourivesaria de um joalheiro, em junho.

Segundo o JN, foram apreendidos ao gangue objetos no valor de dois milhões de euros: 14 automóveis topo de gama, cinco quilos em barras de ouro, joias e dinheiro.

As autoridades encontraram ainda dois inibidores de alarmes, que terão sido utilizados no furto. Estes dispositivos emitem radiações nas mesmas frequências de outras redes e terão servido para limitar as comunicações dos alarmes.

ZAP //

3 Comments

  1. Bonito vai ser explicar o dinheiro e os valores que lá tinham…
    – Bem… ó senhor agente… os 2 milhões que lá estavam é do prédio da rua xpto…
    – Mas (diz o agente) o senhor vendeu o prédio? Era seu?
    – Não… mas trabalhava na autarquia e licenciei-o, mesmo sabendo que tinha 6 andares a mais…
    – (agente) ahhhhh… daí os 2 milhões no cofre e não numa conta bancária
    – (proprietário de cofre) pois… brincas… esperavas que tivesse vindo do trabalho…
    – (agente)… se passares para cá algum bago… eu até sou um gajo esquecido…
    – (proprietário de cofre) pois…

  2. No meu entender as responsabilidades devem ser imputadas ao Banco, até mesmo porque não tiveram em conta a segurança do imóvel durante as obras, só se olha para o lucro e deixa-se a segurança de parte.

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