A queniana Faith Kipyegon, vencedora dos 1500 m em Tóquio 2020
Os ramos incluem flores que crescem nas zonas do nordeste do Japão que foram afectadas pelo sismo e tsunami de 2011.
Ganhar uma medalha é o pico da carreira para qualquer atleta olímpico, mas o bouquet que está a ser oferecido nos Jogos de 2020 também têm um significado especial.
De acordo com o Comité Olímpico, as olimpíadas de Tóquio marcam o regresso dos ramos de flores comemorativos, que não foram oferecidos aos atletas em 2016. Cerca de 5000 bouquets foram criados para os Jogos pelo Conselho de Flores Nippon, que incluem também a mascote Miraitowa.
As flores incluídas cresceram nas zonas do nordeste do Japão que foram devastadas pelo terramoto e tsunami de 2011 e pela consequente crise nuclear na central de Fukushima.
“Espera-se que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos – o maior evento desportivo no planeta – ofereçam uma oportunidade perfeita para promover o seu charme a uma audiência global”, afirma o Comité.
O ramo é composto por lisiantos e focas-de-Salomão de Fukushima, girassóis de Miyagi, gentianas de Iwate e aspidistras de Tóquio e todas as flores têm um significado especial.
“Todo o município de Fukushima está envolvido na produção de lisiantos. Quando a produção de produtos agrícolas caiu depois do terramoto no leste do Japão, Fukushima estabeleceu uma organização sem fins lucrativos para crescer flores na tentativa de criar esperança para a recuperação”, pode ler-se no site dos Jogos.
No caso de Miyagi, pais que perderam os filhos devido ao sismo regressaram para plantar girassóis na colina onde as crianças procuravam um lugar seguro que os protegesse do tsunami. Este ritual também foi incluído num livro infantil.
Já a região de Iwate é conhecida pela sua produção de gentianas e são do mesmo tom azul do emblema das olimpíadas. As aspidistras foram escolhidas para representarem a cidade anfitriã do evento.
As flores são também organizadas de forma equilibrada para que o ramo fique bonito de todos os ângulos. Um saco com água em forma de gel está preso nas pontas dos caules para que as flores se mantenham frescas e vivas durante vários dias.
