As confidências do líder do CDS, que cozinha francesinhas e gostava de ser o autor de Harry Potter

Tiago Petinga / Lusa

O líder do CDS/PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP esteve, esta quarta-feira, à conversa com jovens, em Lisboa, onde confidenciou que gostaria de ter escrito a saga Harry Potter, escolheria Londres para viver caso emigrasse e gosta de cozinhar francesinhas.

Francisco Rodrigues dos Santos esteve “a 360 graus” a responder a perguntas de jovens, algumas, considerou, até mais complicadas do que as dos jornalistas e que provocaram risos por várias vezes.

A iniciativa foi da Juventude Popular (JP) e tinha como objetivo “dar a conhecer o presidente do partido numa lógica interativa”.

O líderes do partido e da JP estavam num pequeno palco no centro do Mercado de Culturas, em Arroios (freguesia lisboeta conquistada ao PS nas últimas eleições autárquicas), sentados em bancos que giravam.

À sua volta, cerca de meia centena de jovens, entre militantes e convidados (como representantes das associações académicas de Lisboa), a colocar questões ao mais jovem líder partidário.

“Qualquer um dos livros do Harry Potter eu gostaria de ter escrito, tenho genuína inveja da J.K.Rowling porque acho que são obras absolutamente brilhantes e notáveis”, a par de Don Camillo e o seu pequeno mundo, de Giovanni Guareschi, e ainda a encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII, um “baluarte e referencial” da sua vida política, disse Francisco Rodrigues dos Santos.

A nível pessoal, apontou como a sua principal qualidade a “coragem para lutar” pelo que acredita, enquanto os defeitos são a “teimosia e impaciência”.

No que toca à qualidade que não tem mas gostava de ter, a escolha é “paciência infinita”, que “na política dá jeito”.

Afirmando ser “prendado em casa”, Rodrigues dos Santos disse que gosta de cozinhar mas não o tem feito por “falta de tempo”. O prato mais rebuscado que já fez foi francesinha, que “saiu bem logo à primeira”.

“Mas não vos conto o estado em que ficou a cozinha”, disse.

Instado a escolher entre duas opções, o presidente do CDS escolheu ir ao jardim zoológico com a porta-voz do PAN (partido que tem criticado duramente na campanha), Inês Sousa Real, em detrimento de ir à praia com a coordenadora do BE, Catarina Martins.

Já entre jogar Trivial Pursuit com o líder do Chega, André Ventura, ou correr uma estafeta com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o centrista disse que “colocaria os dois na estafeta para correr com os extremismos de Portugal”.

E preferiria ficar a dever dinheiro ao presidente do PSD a emprestar ao primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, por considerar que Rui Rio lhe daria crédito e porque “emprestar dinheiro a um socialista nunca dá bom resultado”.

Questionado se há semelhanças entre o CDS-PP e o Bloco de Esquerda, o presidente centrista identificou apenas uma: “são os dois partidos políticos”.

Numa nota mais séria, classificou como a sua maior derrota política não ter conseguido “unir o partido a seguir ao congresso de Aveiro”, quando foi eleito líder do CDS-PP.

Instado a identificar o líder do partido com o qual mais se identifica, Francisco Rodrigues dos Santos esquivou-se à pergunta por ser “injusto escolher apenas um” e elencou qualidades dos seus vários antecessores.

// Lusa

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