A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, esta quarta-feira, o pedido de destituição do Presidente cessante. Donald Trump torna-se o primeiro chefe de Estado do país a sofrer dois processos de impeachment.
De acordo com o jornal online Observador, depois de um debate de várias horas, os congressistas norte-americanos partiram para a votação final sobre o processo de destituição de Donald Trump.
A resolução alcançou o número de votos necessário para ser aprovada: 232 votos a favor (222 democratas e 10 republicanos) e 197 votos contra (todos republicanos). Segundo o mesmo jornal digital, o congressista republicano lusodescendente, David Goncalves Valadao, foi um desses republicanos a votar a favor.
Este é o processo de impeachment em que mais membros do Congresso votaram a favor. O recorde anterior era de 1998, ano em que cinco democratas votaram a favor da destituição de Bill Clinton.
O Presidente cessante torna-se, assim, o primeiro chefe de Estado dos Estados Unidos a sofrer dois processos de impeachment. O processo de destituição terá agora de ser votado no Senado, onde os republicanos têm a maioria, sendo necessária uma maioria de dois terços.
O artigo para o novo processo de impeachment foi apresentado na Câmara de Representantes, na segunda-feira, acusando o líder de “incitamento à insurreição” por ter induzido os seus apoiantes a assaltar o Capitólio.
Os democratas lutam agora contra o relógio para conseguir que o artigo de destituição seja aprovado na Câmara e levado a tempo de ser votado no Senado, antes da tomada de posse do Presidente eleito, Joe Biden, no dia 20 de janeiro.
Esta votação no Senado poderá ser adiada por alguns meses para que o Congresso se foque na aprovação de outros temas, nomeadamente de combate à pandemia de covid-19.
Caso a destituição seja aprovada, Donald Trump poderá ficar impedido de voltar a concorrer à Presidência. Recorde-se que cinco pessoas morreram na sequência dos incidentes violentos no Capitólio.
No arranque da discussão, a líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse que os membros do Congresso “experimentaram a insurreição que violou a santidade do Capitólio do povo e tentou derrubar a vontade devidamente registada dos eleitores norte-americanos”.
“Sabemos que o Presidente dos EUA incitou esta insurreição, esta rebelião armada, contra o nosso país. Ele deve ir embora. Ele é um perigo claro e presente para a nação e para todos nós”, disse a democrata.
Pelosi lembrou ainda que Trump “mentiu repetidamente” sobre o resultado das eleições Presidenciais, “semeou dúvidas egoístas sobre a democracia e procurou, de forma inconstitucional, influenciar funcionários do Estado a repetir esta rebelião armada contra o nosso país”, concluiu.
Os republicanos, por sua vez, iniciaram a defesa de Trump, acusando os democratas de terem uma longa agenda política contra o Presidente, desde o início do seu mandato.
Jim Jordan, do Ohio, lembrou que, logo que Donald Trump tomou posse, em 2017, o jornal The New York Times escreveu que começara a contagem decrescente para a destituição do 45.º Presidente dos EUA, para defender a ideia de que o objetivo dos democratas sempre foi atingir pessoalmente o líder republicano.
Jordan disse que os Estados Unidos são o país que conseguiu colocar um homem na lua e que se deve focar em grandes objetivos e não em “pequenas lutas políticas” que apenas diminuem a imagem do país e da sua democracia.
“Se afastássemos todos os políticos que fazem discursos inflamados, este lugar (o Congresso) estaria vazio”, disse Tom McClintock, republicano da Califórnia, para contestar o argumento de que Trump é culpado de instigar violência contra o Capitólio por causa dos seus discursos inflamados.
“Tentar destituir o Presidente é perigoso. Vai dividir o país e vai criar instabilidade”, disse a representante Louie Gohmert, usando um argumento que foi repetido pelos republicanos.
Este procedimento segue-se a um pedido formal, discutido na terça-feira, para que o vice-Presidente invocasse a 25.ª emenda da Constituição para retirar poderes a Trump, invocando os riscos da sua manutenção no cargo para a segurança do país, que Mike Pence recusou, alegando que não serve os interesses do país.
ZAP // Lusa
Dividida já a américa está há muito tempo graças ao Trump. Perdidos por cem, perdidos por mil… Rebentem com esse bandalho!
O ridículo desta corja socialista americana. Por meia dúzia de dias (o que prova a miséria desse partido democrata) estão a arranjar lenha para ainda dividir mais os EUA. Em vez de apaziguarem o povo americano estão a dividi-lo cada vez mais. Patético, mesmo.
Patética é a tua teoria. 4 anos de disparates e o problema é agora.
deves ter algum problema de vista!
Mais dividido do que esse animal já dividiu é impossível.
Esse criminoso tem de ser corrido a pontapé.
Esta Ana Isabel é uma esgalhada…
É o prémio merecido, pois trabalhou para ele!