Análises laboratoriais revelaram que a apreensão “histórica” de cetamina anunciada pelo Governo da Tailândia há cerca de duas semanas foi, na verdade, uma apreensão de aditivos alimentares e agentes de limpeza.
As autoridades tailandesas anunciaram, há cerca de duas semanas, a apreensão de 500 sacos de cetamina, um fármaco utilizado para tratar a depressão e para provocar um efeito anestésico, sendo também conhecida como uma droga utilizada em festas.
A mercadoria foi encontrada num depósito na província de Chachoengsao, perto de Banguecoque e pesava 11,5 toneladas, escreve a revista norte-americana Vice.
As autoridades da Tailândia assumiram rapida e erradamente que se tratava de uma enorme apreensão de drogas, “a maior de todos os tempos”. Contudo, testes iniciais conduzidos em 66 das centenas de sacos encontrados revelaram a presença de fosfato trissódico, um produto químico utilizado como aditivo alimentar e tira manchas.
O ministro da Justiça, Somsak Thepsuthin, que na altura da apreensão participou nas fotografias que foram capturadas para serem posteriormente difundidas pelos média, veio esta terça-feira anunciar que, afinal, a informação inicial estava errada.
“Este foi um mal entendido que a nossa agência [dos narcóticos] deve aceitar (…) Não foi erro. É um novo conhecimento”, disse Thepsuthin, citado pelo jornal The Independent, admitindo ainda que as autoridades não fizeram grandes avanços na luta contra as drogas.
A Tailândia é conhecida como um centro de traficantes de droga e, por isso, grandes apreensões de metanfetamina e heroína costumam culminar em grandes manchetes.
Desta vez, a apreensão anunciada como “histórica” revelou-se um fiasco. Para Thepsuthin, o grande culpado foi um “erro técnico” nos testes levados a cabo no local da descoberta.