O economista António Nogueira Leite diz que o Governo pode estar a usar o apoio de 240 euros para “reforçar uma opinião positiva” após os escândalos com ministros e secretários de Estado.
O Governo anunciou, esta quarta-feira, um apoio extraordinário de 240 euros destinado a famílias mais vulneráveis. O valor será pago numa transferência única a partir do próximo dia 23, um dia antes da véspera de Natal.
O timing deste apoio é visto com emoções mistas por parte do economista António Nogueira Leite, sugerindo que haverá razões políticas por trás.
Em declarações ao ECO, o professor catedrático da faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa diz que o apoio contribui “para reforçar uma opinião positiva do Governo”.
Aliás, sugere que possa ser “uma resposta a situações menos bem recebidas pelos portugueses nos últimos tempos”, nomeadamente os casos que envolvem ministros e secretários de Estado.
O economista Luís Aguiar-Conraria não comenta o contexto político, mas acredita que a medida foi “feita para ser no Natal. Parece-me humano”.
O apoio de 240 euros foi calculado para compensar o sobrecusto do aumento do cabaz de bens alimentares, dada a subida galopante da inflação.
O presidente do PSD, Luís Montenegro, defendeu medidas mais alargadas, pedindo “mecanismos de apoio a todas as famílias, incluindo as famílias da classe média”. O presidente do Chega, André Ventura, concorda: “A classe média tem de estar dentro destes apoios”.
Bloco de Esquerda e PCP acusaram o Governo de apresentar medidas pontuais em vez de apoios mais estruturais para ajudar as famílias, numa altura em que tem “cofres cheios”.
Nogueira Leite discorda dos partidos de oposição: “Faz sentido que seja aos mais desfavorecidos e não de uma forma generalizada como anteriormente. É mais correto fazer este apoio do que apoiar um grupo maior e que não precisa. Corrige-se mais as desigualdades”.
Aguiar-Conraria concorda: “Dar apoios tão alargados não faz sentido. Não faz sentido alguém como eu receber 50 euros pelas minhas duas filhas. É estar a contrariar as políticas do BCE. Temos de remar todos para o mesmo lado, não tendo medidas expansionistas”.
Isto devia ser proibido. O Estado Português mantém uma carga fiscal elevadíssima numa altura muito complicada para famílias e empresas (inflação, aumento das taxas de juros…). As empresas e famílias fazem um esforço enorme para sobreviver nesta conjuntura atual e o Estado em vez de ajudar apenas as saqueia como pode. No final, vem dar uns trocos. Isto é vergonhoso, inaceitável, um comportamento de pulhas!
Cofres cheios?
Mas eles pagam-vos alguma coisa para dizer essas anormalidades?
Com uma dívida pública das mais elevadas do mundo falar em cofres cheios só pode ser conversa de caloteiro.
Palavras para quê? Trata-se apenas e só de o povo constatar que o mesmo Primeiro Ministro que tem os cofres cheios à conta do não abaixamento dos impostos que os portugueses pagam, a adicionar ao facto de o mesmo Primeiro Ministro há vários anos andar a empurrar o povo português para a pobreza e miséria, com aumentos de pensões de vencimentos abaixo da inflação, os funcionários públicos que o digam, agora lembrou-se de oferecer mais um dos seus famosos rebuçados envenenados, a apenas uma minoria dos vulneráveis deste país, como se fosse assim que alguma vez nos prova saber respeitar o PRINCÍPIO DA IGUALDADE DE TRATAMENTO, até hoje ignorado e feito letra morta pelo mesmo Governo, pois como compreender, justificar e aceitar que só os vulneráveis economicamente venham a ter direito a tal ainda suposto apoio, quando os identificados pelo Estado português como vulneráveis em termos de saúde como são os DEFICIENTES e INCAPACITADOS PORTUGUESES, continuarão a serem marginalizados deste apoio, mais uma vez, como se não lhes bastasse estarem há ONZE MESES E UMA SEMANA a aguardarem que o Governo queira respeitar a Lei nº 5/2022, e publique o REGULAMENTO da mesma para que a dita lei possa ser aplicada, o que até hoje, 15/12/2022, não fez, limitando-se a brincar com os legítimos direitos dos DEFICIENTES e INCAPACITADOS portugueses, que continuam a serem tratados pelo Primeiro Ministro como seus afilhados, pois nem respeitar os direitos dos concidadãos desta camada populacional portuguesa, deu prova alguma de saber respeitar com as cumplicidades e apoios de sindicatos, Provedoria de Justiça, comunicação social etc. É este o Estado de Direito que este Primeiro Ministro respeita ou faz respeitar, mesmo após o país e a União Europeia terem subscrito a Declaração Universal dos Direitos Humanos assim mais uma vez desrespeitada, porque ninguém a faz respeitar? Só mesmo em Portugal num país do faz de conta que se faz sem nunca nada fazer que vergonha!
Bem , é como dar uma esmola (mais uma) a un sem abrigo , só que não resolve o problema de fundo do sem abrigo ! ….
Neste caso, um RSI também…
RSI sem alternativa de trabalho para os que podem trabalhar , claro que sim !
Um PM armado em Robin dos Bosques, saca a todos, através do IVA com a inflação, saca através dos escalões de IRS, para dar apenas a alguns.
Porque não baixa o IVA dos bens de primeira necessidade?
Porque não altera os escalões de IRS?
Porque não baixa a taxa da TSU de 23,75% para 20%
A resposta é apenas esta, assim não enchia tanto os cofres e não sacava tantos votos.
Isto é roubar descaradamente. Vem com rebuçados pelo Natal mas apenas para “meia dúzia” de pessoas. Sacanas.
O Snr. coveiro dos reformados, do empobrecimento do País, vem agora tentar ter uma medida de altruísta, para enganar as pessoas. Os sem abrigo-continuam a não ter abrigo. os doentes continuam a não ter qualidade de vida, hospitais a abarrotar, consultas e operações que não se realizam, mas está tudo bem, e para justificar mais à frente que o dinheiro da chamada bazuca, foi empregue nestas medidas. NÃO HÁ UM CABAZ DE ALIMENTOS (Inclui, frutas verduras, carne peixe ovos, etc EM QUE OS PREÇOS NÃO SUBAM, pelo menos aqueles artigos eram comparticipados pelo governo, não há o desagravamento do IVA, que ía ajudar a todos. Para não me aborrecer mais desejo a todos BOAS FESTAS.
Pões, infelizmente a ajuda é para alguns, mais precisamente para os do rendimento de inserção ten ajuda para tudo ,ganham um bom ordenado e ainda trabalham. Eu e muitos na minha situação, tenho 3 pessoas a meu agregado ,estou de baixa médica a 13 meses mas para nós nada,pois 400€ para 3 já é muito. Vergonha.
Estes gajos deviam ser presos. O que estão a fazer é um ato criminoso. Espremer totalmente o povo e as empresas em momentos difíceis para depois vir atirar com esmolas é um ato criminoso.
A toda a lástima que é a governação destes senhores, junta-se agora a arrogância e má educação deste PM.
A entrevista à Visão é disso um bom exemplo. E ainda temos 4 anos a gramar estes oportunistas.